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Polícia Quarta-feira, 16 de Outubro de 2024, 09:54 - A | A

Quarta-feira, 16 de Outubro de 2024, 09h:54 - A | A

operação improbos

Servidores são presos por esquema de desvio de verbas em Prefeitura no Araguaia; veja nomes

Três servidores foram alvos da Operação Improbos, deflagrada pela Polícia Civil

Lázaro Thor/VGN

Quatro servidores públicos da Prefeitura de São Félix do Araguaia, a 1.159 Km de Cuiabá, foram alvos da Operação Improbos da Polícia Civil deflagrada na terça-feira (15.10).

A reportagem do apurou o nome dos quatro alvos da investigação, que são acusados de desviar verbas públicas da prefeitura. Dois dos servidores presos pela polícia receberam atendimento médico logo após a prisão.

Foram alvos da operação dois ex-secretários da Prefeitura, sendo eles Max Joaquim Pereira de Almeida Hellebrandt, contador efetivo do município e Wilami Ribeiro Dias, também ex-secretário, e servidor efetivo do município ocupando o cargo de agente de administração pública.

Leia mais sobre o assunto: Operação desarticula esquema de desvio de verbas em Prefeitura da região do Araguaia 

Dionísio Moreira Rocha, que ocupa cargo comissionado na Prefeitura, também foi alvo de mandado de busca e apreensão. Outro alvo da operação da Polícia Civil foi Everton Alves de Souza, também servidor efetivo da Prefeitura, mas que estava detido por tráfico de drogas.

Entenda o caso

As ordens judiciais da Operação Improbos, sendo quatro de prisão preventiva e quatro de busca e apreensão, foram cumpridas nas residências dos investigados e setores administrativos do local de trabalho, com o objetivo de coletar provas que confirmem as atividades ilícitas. Também são cumpridos bloqueios judiciais de contas bancárias dos investigados.

As investigações apontaram o esquema que envolvia três servidores municipais, que desempenhavam funções estratégicas dentro da Prefeitura, sendo que cada um deles possuía um papel bem definido no desvio dos recursos públicos.

registros contábeis, que serão periciados para comprovar a dinâmica do esquema e identificar outros possíveis participantes.

A ação foi coordenada de forma simultânea, a fim de evitar a destruição de provas e garantir a captura dos envolvidos, sendo que um investigado ainda não se apresentou e é considerado foragido da justiça. O montante dos valores desviados serão apurados após o resultado da quebra do sigilo bancário e relatório de investigação.

Como funcionava o esquema

As investigações conduzidas pelo delegado Ivan Albuquerque Soares, identificaram que um dos investigados, apontado como principal articulador e centralizador dos valores desviados, utilizava sua posição privilegiada como responsável pelo controle financeiro para facilitar o repasse dos recursos para credores selecionados, garantindo que os pagamentos ilícitos fossem efetuados sem levantar suspeitas. Além disso, ele intermediava o pagamento de créditos de forma irregular, cobrando comissões em troca da liberação dos valores.

O segundo suspeito identificado nas investigações atuava como intermediário, recebendo os valores desviados e distribuindo-os entre os demais envolvidos. Sua função era ocultar a origem dos recursos e assegurar que as quantias fossem repassadas conforme as orientações do articulador, garantindo que todos os elos do esquema fossem remunerados de acordo com suas participações.

Já o terceiro investigado utilizava um conjunto de empresas de fachada para simular a prestação de serviços e a venda de materiais à Prefeitura. Essas empresas, registradas em nome de terceiros ou laranjas, emitiam notas fiscais fictícias e formalizavam contratos fraudulentos para justificar o recebimento dos valores desviados. Dessa forma, o grupo conseguia dar uma aparência de legalidade às transações ilícitas.

Facilitação para Credores

Outra prática adotada pelo grupo era a facilitação de pagamento a credores que tinham dificuldades para receber seus empenhos junto ao município.

Os investigados, valendo-se de suas funções, cobravam comissões indevidas para acelerar a liberação dos pagamentos, utilizando sua influência dentro da Prefeitura para garantir que os recursos fossem repassados a esses credores mediante uma taxa de retorno.

Essa prática, além de desviar os recursos, comprometia a lisura do processo de pagamentos e favorecia empresas que aceitavam participar do esquema.

Para o delegado, Ivan Albuquerque Soares, a Operação Improbos representa um esforço contínuo das autoridades em combater práticas ilícitas e assegurar que o patrimônio público seja utilizado de maneira correta e transparente, em benefício da população.

“Com a operação, a Polícia Civil espera desarticular completamente a estrutura do esquema de corrupção na Prefeitura e assegurar que os valores desviados possam ser rastreados e recuperados. Os investigados permanecem à disposição da justiça, e a análise dos materiais apreendidos poderá revelar novos desdobramentos nas próximas semanas”, disse o delegado.

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