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Polícia Segunda-feira, 13 de Maio de 2024, 16:19 - A | A

Segunda-feira, 13 de Maio de 2024, 16h:19 - A | A

murros e chutes

Professora registra ocorrência após ser agredida por aluno autista em escola de Cuiabá

A educadora disse que ela não teve acesso ao relatório do aluno

Gislaine Morais/VGN

Denúncias de agressões envolvendo alunos com condições atípicas, ou seja, aqueles diagnosticados por meio de laudo médico com Transtorno do Espectro Autista (TEA), Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDHA), Transtorno Desafiador Opositor (TOD), têm sido corriqueiras em escolas municipais e estaduais de Mato Grosso.

Em sua maioria, os registros de ocorrência geralmente são brigas entre alunos, ou até mesmo pais que acusam professores de agredir a criança. Contudo, nesta segunda-feira (13.05), a reportagem do recebeu uma denúncia informando que uma professora havia sido agredida fisicamente por um aluno autista do 3º ano fundamental, da EMEB - Escola Municipal Pedrosa de Moraes e Silva, localizada no bairro Novo Paraíso, em Cuiabá.

Em conversa com o , a professora, que preferiu não se identificar, disse que na sexta-feira (10), procurou a delegacia para registrar o boletim de ocorrência (B.O) relatando as agressões.

Conforme o registro, a professora estaria na sala de aula orientando o aluno [autista] com uma pintura e em certo momento a criança não concordou com a cor que havia pintado e começou a gritar e rasgar o desenho.

A educadora disse que tentou acalmar o aluno, mas ele começou a dar murros em seu braço, pois como usa óculos tentou defender o rosto. Segundo ela, o CAD - Cuidador de Aluno Especial, se aproximou para tentar conter o menor, mas acabou sendo agredido com vários chutes e murros.

A professora declarou que naquele momento os alunos ficaram muito assustados, pois o menor gritava muito com o CAD. O auxiliar conseguir conter a criança por algum tempo, mas segundo ela, quando conseguiu se soltar, correu em sua direção e novamente começaram as agressões, contudo, dessa vez, o menino agarrou nos seios da professora.

“Em menos de uma semana o aluno já bateu em outros funcionários da escola. Afirmo ainda que ele sempre quer pegar nos meus seios. Sei das limitações dele, mas, como mulher, me sinto violada e isso gera um desconforto emocional”, descreveu a docente.

Ao , a professora disse que ela e o CAD foram procurar a responsável pela coordenação da educação especial da unidade, e foram informados que em outra situação já tentaram se comunicar com os pais do menor, mas eles não compareceram na escola. A coordenadora teria dito, ainda, que infelizmente não podia fazer muita coisa, pois o menor é amparado por lei.

Em relação ao laudo do aluno, a educadora disse que ela não teve acesso ao relatório do estudante, assim como não sabe dizer se há laudo, e se menino faz acompanhamento com especialista e faz uso de medicamento controlado.

Professora há 18 anos, ela disse que chegou a cogitar em deixar a sala de aula, pois segundo ela, nesses casos o professor não tem amparo nenhum, não tendo nem direitos de reclamar.

Após as agressões de sexta (10), a educadora precisou procurar uma unidade de saúde, pois estava sentindo muitas dores no punho devido aos murros que recebeu do aluno. Por conta do inchaço ela precisou realizar exames e agora aguarda o laudo do raio-x.

Outro lado – A reportagem do entrou em contato com a Secretaria Municipal de Educação de Cuiabá, mas até o fechamento da matéria não obteve retorno. O espaço permanece aberto para manifestação.

Leia também - Estudante autista é agredido em escola estadual de Várzea Grande

 

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