O policial penal, identificado pelas iniciais M.F., que foi preso na manhã desta quinta-feira (12.12) durante a Operação Escariotes, tentou obstruir a investigação durante a abordagem destruindo aparelhos celulares que seriam entregues a presos na penitenciária Ahmenon Lemos Dantas, em Várzea Grande. Leia matéria relacionada - Policial Penal de VG que levava celulares ao presídio em caixas de bombons é alvo de operação
Conforme consta no boletim de ocorrência, enquanto os policiais realizavam buscar veicular, o suspeito tentou quebrar quatro aparelhos celulares, duas fontes de carregador, quatro cabos de carregador e dois fones de ouvido.
No veículo do suspeito a polícia aprendeu diversos aparelhos celulares, chips, carregadores e outros aparelhos eletrônicos, todos embalados com uma fita preta e escondidos dentro de uma caixa de chocolate. Em sua residência outros aparelhos que seriam entregues a presos foram apreendidos.
Investigação
O servidor público é alvo de investigação por tráfico de drogas, corrupção passiva, introdução ilegal de dispositivo telefônico móvel e organização criminosa e teve mandados de prisão e de busca e apreensão cumpridos nesta quinta-feira. Durante a prisão nesta manhã, antes de entrar na penitenciária onde trabalha em Várzea Grande, o servidor foi flagrado com diversos celulares camuflados dentro de uma caixa de bombons.
Informações reunidas no inquérito policial indicaram que M.F. foi cobrado por um dos criminosos sobre a prestação de contas referente às drogas vendidas da organização criminosa dentro da unidade prisional. Em 7 de março deste ano, ele respondeu a um dos criminosos que estava no plantão e “na atividade”, e faria “um corre” de três quilos de maconha e alguns telefones celulares.
As investigações demonstraram que o servidor não apenas levava telefones celulares para a unidade prisional, como também providenciava o acesso dos presos à internet do local, com a condição de que lhe fosse repassado 10% dos valores adquiridos com os crimes de estelionato, como os ‘golpes do OLX ou ‘golpes do intermediário’. A taxa paga é conhecida entre os presos como “taxa do roteador”.
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