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Polícia Quinta-feira, 06 de Março de 2025, 15:23 - A | A

Quinta-feira, 06 de Março de 2025, 15h:23 - A | A

foragido de operação

Policial da Rotam envolvido na morte de advogado foi acusado de fornecer drogas para traficantes em MT

Heron realizava a aquisição da droga em diversas viagens, de curta duração

Gislaine Morais/VGN

O policial militar Heron Teixeira Pena Vieira e o caseiro Alex Roberto de Queiroz Silva, envolvidos no assassinato do ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil de Mato Grosso (OAB-MT), Renato Gomes Nery, 72 anos, foram alvos da Polícia Federal, na operação "Camada", pelo crime de tráfico de drogas.

Em 2023, o policial e o caseiro foram identificados como os fornecedores de drogas de uma quadrilha que atuava no tráfico interestadual. Informações obtidas pelo indicam que Heron teria sido contratado para matar Renato Nery e teria subcontratado Alex Roberto, a quem emprestou uma pistola para cometer o crime e uma motocicleta para a fuga.

Os dois suspeitos foram alvos da Polícia Federal na Operação Camada, que visava combater o tráfico. Segundo a PF, os membros do grupo cooptavam pessoas para levar as remessas de cocaína presas ao corpo para o Maranhão. Leia mais - PF prende membros de quadrilha que saíram de MT com drogas presas ao corpo

Durante a operação, foi constatado que Heron Teixeira e Alex Roberto foram identificados como os principais beneficiários, uma vez que Alex não possuía vínculos empregatícios desde 2015, e recebeu a quantia de R$ 124.100,00 em sua conta bancária, e Heron o valor de R$ 29.680,00. 

Ambos os depósitos foram realizados pelas contas de I.T.S.M, suspeita de ser "laranja" no esquema e ter um caso com o policial militar.

"Apesar de não constar passagens criminais em seu nome [Heron], causa espanto que um policial militar receba dinheiro da conta de I.T, interposta pessoa de A.F., que é traficante de drogas", diz trecho.

Envolvimento com braço direito de traficante 

Durante conversas de WhatsApp interceptadas, foi constatado que Heron Teixeira tinha envolvimento com essa mulher identificada pelas iniciais I.T.S.M.. Ambos trabalhavam em conjunto com a traficante A.F.M.S..

A traficante utilizava a conta bancária de I.T. para receber quantias referentes aos pagamentos da venda de drogas. Foi constatado que de novembro de 2021 a março de 2023, I.T., recebeu a quantia de R$ 606.433,00.

Em uma das mensagens, a traficante A.F., pede para I.T., ver com Heron a questão dos 10 kg de droga. Ela usa o termo “bermudas” como subterfúgio para o termo droga. A.F., após descobrir que estavam sendo investigado pela polícia, pede que Heron, como policial, realize pesquisas em bancos de dados contidos no Relatório de Inteligência Financeira (RIF) a seu respeito.

Usava caseiro de laranja 

Com a deflagração da operação, foram encontradas no aparelho telefônico de Alex, tratativas entre ele e Heron, em que o policial possuía domínio sob a conta bancária de Alex, o qual se refere pela alcunha "Vida Loka", para realizar transferências bancárias, com a consciência de que se tratava de movimentação de recursos ilícitos.

As investigações apontaram que Heron realizava a aquisição da droga em diversas viagens, de curta duração e com deslocamento noturno, e realizava o repasse à pessoa de A.F., sob a qual ele exercia um papel hierárquico superior.

Nesse contexto, apurou-se que em outubro de 2021, o policial e I.T. negociaram uma viagem à cidade de Nova Mutum para buscar os entorpecentes. Poucos dias após, em novembro do mesmo ano, Heron realizou viagem para a aquisição de drogas, com o posterior repasse à A.F., deixando evidente que se encontrava em poder de vultuosa quantia de entorpecente, já que no dia posterior, A.F e I.T. começam os preparativos para a remessa das substâncias e ainda solicitam outra grande quantia para Heron.

No mês de abril de 2023, o policial deixa evidente que ainda estava realizando viagens com destino ao interior do Estado para fins da mercância ilícita.

Dinheiro incompatível com salário  

Durante as análises do aparelho celular de Heron, foi possível identificar imagens produzidas de dois pacotes de dinheiro em espécie contendo em torno de R$ 50 mil, produzidas no interior de seu automóvel Audi A3, que se encontrava no Batalhão da ROTAM em Cuiabá.

"As diversas negociações de empréstimos realizados pelo policial levantaram suspeitas, sobretudo, pois incompatíveis com os capitais lícitos auferidos, vez que recebe mensalmente por volta de R$ 10 mil líquidos", diz trecho do processo.

Com os valores, Heron adquiriu uma residência dando de entrada o quantia de R$ 50 mil e o restante em parcelas. Após a aquisição, Heron realizou reforma em todo o imóvel, que atualmente passou a ser avaliado em média de R$ 380 a R$ 400 mil. "Nessa toada, deslindou-se que a residência de Heron constitui objeto material do crime de lavagem de capitais, porquanto adquirida através de recursos oriundos do tráfico de drogas", conforme trecho do documento. 

Contratado para matar Renato Nery

O policial militar Heron Teixeira Pena Vieira, lotado no Comando de Policiamento Especializado da Polícia Militar de Mato Grosso (CESP), teria sido contratado para executar o ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil de Mato Grosso (OAB-MT), Renato Gomes Nery, 72 anos. 

Contudo, segundo fontes do , Heron terceirizou o crime e subcontratou seu caseiro, Alex Roberto de Queiroz Silva, para executar o advogado. Ele teria fornecido a arma do crime e a motocicleta para Alex. Heron é atualmente considerado foragido.

 

 

 

 

 

 

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