O piloto e o copiloto da aeronave PT-EIB, que fez um pouso forçado em Cuiabá nesta quinta-feira (25.07), foram presos pela Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira (26). O caso é tratado como sigiloso pela PF.
O ouro apreendido estava sendo transportado de Redenção, no Pará, para Cuiabá, e pesava 8,050 Kg. A empresa responsável pela compra do ouro, a Fênix DTVM, pagaria R$ 5.865.243,58 pelo minério.
O piloto Hamilton Lopes da Conceição e o copiloto Luiz Fellype Messias Castro foram detidos pela PF. Segundo as investigações, a prisão ocorreu porque estavam voando baixo, sem ligar o transponder, com risco de colisão com outras aeronaves. A aeronave não tinha plano de voo e também não fez comunicação com a torre de controle.
Em depoimento a um dos bombeiros que atendeu a ocorrência de pouso forçado, o comandante da aeronave confessou que receberia R$ 15 mil pelo serviço.
Ouro irregular
A PF apurou que o ouro foi vendido pela empresa Tucan Mineração, de propriedade de Rodolpho do Carmos Ricci, um dos alvos da Operação Hermes, também deflagrada pela Polícia Federal.
O ouro teria sido extraído no município de Santa Maria das Barreiras, no Pará. No voo, também estava um coronel da reserva da Polícia Militar do Pará, identificado com as iniciais J.S.O.J., de 57 anos.
Em um primeiro depoimento, o funcionário da empresa que estava na mineração contou que faria uma visita à empresa Aço Máquinas Equipamentos de Mineração, posteriormente confessou que carregava ouro.
Uma funcionária da Fênix DTVM, que prestou depoimento na PF, contou que o ouro estava previsto para ser entregue na Abelha Táxi Aéreo, mas na quinta-feira, por volta das 10:20h, o coordenador de logística disse que seria entregue na Bom Futuro. Em seguida, o coordenador mudou o local de entrega para uma pista de pouso perto do Belvedere.
Por conta disso, a funcionária pediu para alterarem a CTE (Guia do Carro Forte) para autorizar a retirada do ouro no local em que estava o avião.
Questionada sobre incoerências na nota fiscal, como local de partida do voo saindo de Goiânia, a funcionária não soube explicar o motivo. Ela contou que o valor da nota não foi pago porque o ouro ainda estava sob resposabilidade da mineradora.
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