A Polícia Federal cumpriu nesta terça-feira (27.09) mandados de busca e apreensão em Várzea Grande, Cuiabá e Poconé contra membros de uma suposta organização criminosa voltada para o comércio de ouro extraído ilegalmente em garimpos clandestinos em Rondônia. Os mandados foram cumpridos no âmbito da Operação Febre de Ouro.
Segundo a PF, foram cumpridas 14 medidas cautelares, sendo sete mandados de busca e apreensão nas cidades de Mato Grosso e também em Porto Velho e Ariquemes, ambos no Estado de Rondônia.
A Polícia informou que os investigados estão proibidos de manter contato com outros supostos membros da organização criminosa, assim como obrigação de comunicar ao Juízo eventual mudança de endereço e comparecimento a todos os atos do inquérito policial e da ação penal.
Durante a ação foram apreendidos 19 veículos, joias e quatro armas de fogo. Também foi determinado pela Justiça o sequestro de mais de R$ 900 mil em contas bancárias, aplicações financeiras e investimentos em ações.
O Esquema
A Polícia Federal disse que as investigações contra a suposta organização criminosa iniciaram em 2020, com a prisão em flagrante de um homem em Ji-Paraná (RO). Na ação, a polícia encontrou, no interior do veículo, ouro sem qualquer documentação que comprovasse sua origem - avaliado em R$ 560 mil.
Durante as investigações foi possível verificar que o ouro extraído ilegalmente era declarado à Agência Nacional de Mineração (ANM) como se fosse proveniente de área permitida.
Ainda conforme a PF, após declarar o metal, a organização criminosa praticava diversas operações financeiras, inclusive em contas bancárias de terceiros.
Os integrantes da quadrilha podem responder por crimes de usurpação de patrimônio da União, lavagem de capitais e organização criminosa, cujas penas somadas podem ultrapassar 23 anos.
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