A Força-tarefa dos órgãos de Segurança Pública do Estado cumpriu, nesta quinta-feira (06.06), um total de 43 mandados de busca e apreensão em Cuiabá, Várzea Grande e Cáceres, contra policiais penais e advogados, investigados por entrar com aparelhos celulares e assessórios nas unidades prisionais de Cuiabá. A ação faz parte da Operação Caixa de Pandora.
De acordo com o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), o grupo é investigado por promover articulação para garantir a entrada de materiais ilícitos, tais como aparelhos celulares e assessórios nas unidades prisionais da Capital, obtendo, assim, vantagem econômica ilícita e causando inúmeros prejuízos à segurança pública dentro e fora do Estado.
Nas investigações verificou-se que servidores do Sistema Penitenciário ingressaram ou facilitaram a entrada de aparelhos celulares e acessórios na Penitenciária Central do Estado (PCE), os quais eram utilizados pelos presos. Através dos dispositivos, os detentos praticavam e ordenavam vários crimes extramuros.
Consta ainda que o ingresso dos aparelhos se dava através de advogados, os quais se valiam da prerrogativa de sua profissão para entregar aparelhos celulares, componentes e acessórios durante visitas aos internos no parlatório. Os quatro advogados investigados tiveram suspenso o direito de exercício profissional por decisão judicial.
As investigações revelaram também que um freezer novo contendo sinais de violação deu entrada na PCE com a finalidade de transportar em seu interior inúmeros aparelhos celulares.
Outro lado - Em nota, a Secretaria de Estado de Segurança Pública afirmou que tem conhecimento e apoia a ação do Gaeco sobre as buscas em três unidades prisionais de Cuiabá e Várzea Grande e na sede da Secretaria Adjunta de Administração Penitenciária, tendo servidores como alvos da ação.
"Vale destacar que o foco das investigações não é a gestão do Sistema Penitenciário e que as buscas foram feitas em computadores e equipamentos utilizados especificamente pelos investigados", cita trecho da nota.
Ainda segundo a nota, a Sesp ressalta que aguarda informações do Gaeco para definição e adoção imediata de medidas administrativas e reforça que não coaduna com práticas criminosas e desvio de conduta na prestação de serviços à sociedade.
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