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Polícia Quinta-feira, 16 de Fevereiro de 2023, 11:12 - A | A

Quinta-feira, 16 de Fevereiro de 2023, 11h:12 - A | A

Operação Kalypto

Oito pessoas são indiciadas por morte de maranhenses

Os quatro maranhenses vieram para Cuiabá em busca de trabalho. Eles moravam em uma quitinete no bairro Jardim Renascer,e foram sequestrados no dia 2 de maio de 2021, por um grupo armado

Giovanna Bitencourt/VGN

A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Cuiabá concluiu o inquérito da Operação Kalypto que investigava os sequestros e assassinatos de quatro vítimas do estado do Maranhão, mortas em 2021, na Capital. Entre os nove mandados de prisão, a Operação cumpriu oito. Um dos autores dos crimes, Gabriel Ítalo da Silva Costa, está com a prisão decretada, sendo procurado pela Polícia Civil.

Os oito investigados foram indiciados pelos crimes de sequestros e homicídios qualificados, ocultação de cadáver e integração de organização criminosa. Uma pessoa foi indiciada por falso testemunho e responde em liberdade.

As mortes de Tiago Araújo, 32 anos, Paulo Weverton Abreu da Costa, 23 anos, Geraldo Rodrigues da Silva, 20 anos e Clemilton Barros Paixão, 20 anos, foram encomendadas por uma facção em uma espécie de "tribunal do crime" que julgou que as vítimas pertenciam a um grupo rival.

Os quatro maranhenses vieram para Cuiabá em busca de trabalho. Eles moravam em uma quitinete no bairro Jardim Renascer, e foram sequestrados no dia 2 de maio de 2021, por um grupo armado.

As investigações tiveram início pelo Núcleo de Pessoas Desaparecidas da DHPP, sendo apuradas diversas informações que colaboraram com as investigações. Posteriormente, as investigações preliminares foram encaminhadas ao cartório da delegacia responsável por apurar homicídios com indicativos de praticados por organizações criminosas.

Vários depoimentos, diligências, perícias, detalhados relatórios policiais em campo e análises de inteligência compuseram o acervo de 1.500 páginas reunidas no inquérito que apurou as mortes das vítimas.

A Operação Kalypto, que em grego significa esconder ou velar, cumpriu, em janeiro deste ano, 18 ordens judiciais de prisão e de buscas contra o grupo envolvido nas execuções das vítimas. As diligências também buscaram informações que levassem à localização dos corpos dos quatro rapazes.

A investigação da DHPP apurou que as vítimas foram cruelmente mortas - sofreram decapitação, amputação dos dedos e uma delas foi atingida por um disparo no peito. Outras duas foram mortas com disparos na nuca.

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