PJC/MT
As declarações dos militares presos na operação “Assepsia”, deflagrada na última terça-feira (18.06), após investigações da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), comprometem militares de alta patente em Mato Grosso, vão colocar a “caserna em xeque” e pode ser apenas a “pontinha do iceberg”.
O diretor da Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá, Revétrio Francisco da Costa, o subdiretor da unidade, Reginaldo Alves dos Santos e outros três policiais militares continuam presos.
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Segundo fontes do 
oticias, em depoimento à juíza Ana Cristina Silva Mendes, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, os militares presos “atiraram para cima e não pouparam o comando deles”. Ainda conforme fontes, eles teriam afirmado que a Diretoria da Agência Central de Inteligência (DACI) sabia da entrada de freezer na Penitenciária - e citaram vários nomes, entre eles, o chefe da inteligência do Comando Regional 1 (CR1), tenente-coronel Sada Ribeiro Parreira, o coronel da PM, Rodrigues e o chefe da DACI, tenente-coronel Fábio Souza Andrade.
O diretor da Penitenciária Central do Estado (PCE), Revétrio Francisco da Costa, disse ter sido “enganado” por policiais militares quando atendeu um pedido para que autorizasse a entrada na unidade de uma caminhonete, que transportava um freezer, no dia 6 de junho. O depoimento do agente foi presidido pelo delegado Frederico Murta.
Entenda o caso - Ao longo das investigações, a Polícia Civil conseguiu comprovar que duas horas antes do freezer ser interceptado, no mesmo dia, os três militares e os diretores da unidade, participaram de uma reunião a portas fechadas com o preso líder da organização criminosa, por mais de uma hora, dentro da sala da direção. Os fatos foram registrados pelas imagens da unidade prisional, conforme relatório da investigação.
Ficou constatado ainda, que durante as investigações, o veículo utilizado para a entrega do freezer na unidade prisional pertence a um reeducando, que também é considerado uma das lideranças da facção criminosa.
A Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) apurou também, a entrada de aparelhos celulares em unidades prisionais do Estado, com anuência de servidores.
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