A dor e a revolta tomaram conta do velório da adolescente Emily Beatriz Sena, 16 anos, brutalmente assassinada em Cuiabá. Em entrevista à TV Vila Real, nesta sexta-feira (14.03), Ana Paula Azevedo, mãe da jovem, falou sobre a relação com a filha, os sonhos interrompidos e o desejo de justiça.
"A minha filha era cheia de sonhos. Eu e ela estávamos fazendo planos, como seria o futuro dela e da bebê. E tudo que ela precisava, eu estava junto, sempre auxiliando", disse Ana Paula, emocionada.
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Emily foi vítima de um plano cruel. Ela foi atraída até uma casa no bairro Jardim Florianópolis, em Cuiabá, por Nataly Hellen Martins Pereira, sob a falsa promessa de doação de roupinhas para a bebê. No local, Nataly a atacou, aplicando um mata-leão até a jovem desmaiar. O crime foi premeditado, e a assassina, que se identificava como bombeira civil e socorrista, sabia que Emily estava prestes a dar à luz.
A bebê sobreviveu e foi levada ao hospital Santa Helena, onde o companheiro de Ana Paula trabalha. "Ele me ligou dizendo que uma criança tinha dado entrada no hospital com uma mulher que provavelmente não era a mãe. Eles fizeram exames e confirmaram que a bebê não tinha nascido dela", contou.
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Apesar da dor, Ana Paula agora se apega à neta para seguir em frente. "Eu pretendo levar ela para minha casa, para cuidar como a Emily queria. Não era isso que eu queria para minha filha, mas eu vou fazer de tudo para que ela seja muito amada", declarou.
De acordo com a mãe da jovem, o pai da criança, Edvaldo, também está abalado e juntos vão criar a menina. "Nós conversamos e ele vai precisar de mim, e eu dele. A bebê não vai suprir a falta da minha filha, mas ter ela comigo vai me confortar diariamente."
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Pedido de Justiça
Ana Paula não esconde a revolta com a brutalidade do crime e cobra punição para os responsáveis. "Não é justo o que fizeram com a minha filha. Quero que a justiça do homem e a de Deus sejam feitas. Eles não podem sair impunes, contando uma historinha e ficando soltos", desabafou.
O caso segue sob investigação da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Nataly Hellen confessou o assassinato e está presa.
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