Os três adolescentes envolvidos na morte do dentista Alexandre Peçanha Gaddy, que foi queimado vivo após um assalto em seu consultório em maio de 2013, tiveram sua internação determinada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo após recurso interposto pelo MP-SP (Ministério Público de São Paulo).
A decisão foi tomada pela Câmara Especial do tribunal durante julgamento realizado na segunda-feira (30.06). Por unanimidade, os desembargadores responsáveis pelo caso decidiram aplicar uma medida socioeducativa, por prazo indeterminado, devido ao ato infracional equivalente aos crimes de roubo e homicídio.
Crime
Alexandre Peçanha Gaddy teve o consultório em São José dos Campos (SP) invadido por assaltantes na noite de 27 de maio. Após roubarem o local, os ladrões atearam fogo no dentista, que morreu oito dias depois em decorrência de queimaduras que atingiram mais de 50% de seu corpo.
Uma testemunha contou à polícia que o dentista disse, ao ser encontrado, que os ladrões se irritaram após ele ter sacado um celular do bolso e, por isso, teriam ateado fogo nele.
Dois suspeitos, de 29 e 25 anos, foram presos no final de junho do ano passado, acusados de participar do crime. Os três adolescentes, duas garotas de 15 e 17 anos e um garoto de 15 anos, já haviam sido apreendidos pela polícia em 12 de agostode 2013, mas foram soltos em outubro por determinação de um juiz da Vara da Infância e Juventude de São José dos Campos por insuficiência de provas.
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