O jornalista Juvenilson dos Santos Martins, conhecido em Peixoto de Azevedo como "Mister Tripa", foi preso nesta quinta-feira (09.03), por supostamente munir uma organização criminosa voltada ao tráfico de drogas com informações privilegiadas, bem como se colocou a disposição para transportar entorpecentes para Cuiabá.
O mandado de prisão foi deferido pela juíza da Sétima Vara Criminal de Cuiabá, Ana Cristina Silva Mendes, em 9 de fevereiro de 2023, mas, foi cumprido somente hoje, durante a Operação Dissidência, deflagrada nesta quarta-feira (8) pela Força-Tarefa de Segurança Pública (FTSP-MT). Além do jornalista, foi decretada a prisão dos suspeitos: seja decretada a Prisão Preventiva dos denunciados Auzélia Fabiano de Oliveira, Giseli Ieda Benitez de Farias, Luis Marcos Rodrigues, Cariny Alves Monteiro, Brendha Campos Natale, Ariane Rodrigues Schmidt, Eduardo Silva Santos, Eduardo Pereira Cabral, Wesley Silva Sousa, Luccas Emanuel Ferreira Trindade e Ketuny Mayane de Castro Ferreira. Leia mais: Força-tarefa prende integrantes de facção criminosa em MT
A juíza aceitou a denúncia do Ministério Público de Mato Grosso, que aduz que as investigações indicaram que os acusados constituíram e integraram organização criminosa voltada para a comercialização de drogas na região de Sorriso e Sinop, em data incerta, mas entre os meses de junho e agosto de 2022, razão pela qual pugna pela prisão preventiva dos denunciados.
Em sua decisão, a juíza cita que os representados são investigados por crimes cujas penas máximas são superiores a quatro anos, se enquadrando nos preceitos estabelecidos pelo artigo 313, inciso I do Código de Processo Penal, bem como também seria necessária a Prisão Preventiva para a garantia da ordem pública, eis que foram apontados indícios de autoria delitiva e perigo à sociedade com o estado de liberdade dos representados.
Com relação ao jornalista, o MPE alega que ele, possivelmente, exerceu funções que vão além de passar meras informações aos demais faccionados, quando se colocou à disposição para transportar produtos ilícitos para a facção criminosa, informando que constantemente se desloca para Cuiabá em um carro de “imprensa”.
Consta da denúncia do MPE, que a investigação criminal foi instaurada no mês de agosto de 2022, após terem sido colhidas informações pelo Núcleo de Inteligência Policial no sentido de que um grupo de indivíduos estaria atuando com características típica de associação criminosa voltada ao tráfico de substância entorpecente.
“Ressalta que foram deflagradas ações policiais para efetivar o cumprimento de ordens judiciais, cuja operação denominou-se “Operação Dissidência”, sendo colhidas informações por meio das interceptações telefônicas e das evidências obtidas a partir das prisões em flagrante e preventiva dos suspeitos, concluindo-se que, em tese, os denunciados compunham grupo cuja especialidade era a difusão lucrativa de substância proscrita na cidade de Sorriso/MT, e teriam sido estabelecido entre eles um vínculo perene e estável, do qual se faziam distribuídas tarefas específicas a cada um de seus componentes, sempre com vistas à distribuição venal de droga em detrimento da saúde pública e da paz coletiva da supracitada municipalidade”, diz trecho da denúncia.
Conforme o MPE, mesmo preso na Penitenciária Central do Estado (PCE), o denunciado Leonardo dos Santos Pires, possivelmente, é um dos líderes da organização criminosa, ocupando o cargo de “mentor” e “chefia” da região centro-norte do Estado, já que supostamente, empreendia esforços no sentido de coordenar e ordenar aos demais faccionados.
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