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Polícia Terça-feira, 13 de Fevereiro de 2024, 14:31 - A | A

Terça-feira, 13 de Fevereiro de 2024, 14h:31 - A | A

Todos autuados

Investigadora acusada de atirar contra delegado relata em depoimento que sofre constantes agressões

Os tres foram autuados e pagaram fiança para responderem pelos crimes em liberadade

Angelica Gomes /VGN

A investigadora da Polícia Civil K.C.R, 39 anos, acusada de tentar matar o delegado B.L.B, 47 anos, o qual é seu marido, e a mãe dela, J.C.N, 61 anos, acusada pelo crime de lesão corporal e disparo de arma de fogo contra o genro, declararam em depoimento que o delegado é muito ciumento e ele teve uma crise de ciúme, agredindo fisicamente e verbalmente a investigadora. A suposta agressão foi registrada em chapada dos Guimarães (a 67 km de Cuiabá), nessa segunda-feira (12.02).

Conforme informações do interrogatório que o teve acesso, a servidora pública K.C.R, relatou que é casada há pouco mais de um ano com o delegado e durante esse tempo ela sofre constantes agressões físicas do marido motivadas por ciúme excessivo, mas que nos últimos dias as agressões haviam amenizado.

No entanto, na segunda-feira, eles estavam na residência deles em Chapada dos Guimarães, com a mãe e o padrasto dela, onde o B.L.B passou o dia ingerindo bebida alcoólica e trabalhando no quintal da casa. Ocasião em que o delegado iniciou uma discussão motivada por ciúme dela com o padrasto.

Segundo ela, o delegado começou a agredi-la verbalmente e arrumar as roupas para ir embora para Cáceres, município onde o casal mora. Ela relata que foi com o marido, mas no caminho pediu para retornar para buscar suas coisas e o delegado concordou. Porém, ao chegar na frente da casa, o delegado iniciou uma nova discussão e começou a agredi-la fisicamente, pegando a arma dele que estava no porta-luvas do carro e atirando três vezes contra ela, porém sem intenção de acertá-la.

Assustada, ela relata que mordeu o braço do marido e conseguiu se desvencilhar dele. Ocasião em que ele desceu do carro e ficou próximo do portão xingando ela, momento em que a sua mãe apareceu no portão, ela pegou as armas e entregou para a mãe.

A versão do depoimento da mãe da investigadora confirma as agressões físicas e verbais do delegado. A mulher relata ainda que, ao ouvir os disparos e sair no portão, encontrou o delegado e a filha discutindo e logo o delegado deu um golpe “gravata” na investigadora e começou a sufocá-la. E após a filha conseguir se desvencilhar do delegado, ela entregou a arma para a mãe guardar.

A mãe da investigadora relata, ainda, que a relação do casal é conturbada e o genro é ciumento, tendo ciúme até da investigadora com os irmãos. Segundo ela, a filha já até aconselhou o delegado a procurar ajuda psicológica para lidar com o ciúme excessivo, no entanto, ele nunca aceitou.

Conforme apurado pelo , os três envolvidos ficaram detidos na delegacia, sendo que a investigadora e o delegado tiveram as armas, munições e carregadores apreendidos. Após serem ouvidos, o delegado responsável pelo caso estipulou uma fiança no valor de R$ 5 mil ao delegado que está sendo investigado por violência doméstica.

A investigadora foi autuada pelo disparo de arma de fogo e pagou um valor de R$ 1.500 reais de fiança. Já a mãe e sogra dos envolvidos foi autuada pelo crime de disparo de arma de fogo e pagou uma fiança estipulada em R$ 1.412,00.

Vale lembrar que o pagamento de fiança não exime os acusados de responderem pelos crimes, o processo judicial continua em andamento e os acusados devem comparecer a todas as audiências e aos julgamentos conforme agendado, até que ambos sejam julgados.

Leia mais: Investigadora tenta matar marido delegado em Chapada dos Guimarães 

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