A Polícia Civil, por meio da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), deflagrou nesta quinta-feira (04.01), a segunda fase da operação “Agro Guard”, para o cumprimento de ordens judiciais contra suspeitos investigados por um roubo de defensivos agrícolas, avaliados em quase R$ 773 mil. Durante o cumprimento de mandado de prisão, um suspeito fugiu e é considerado foragido da justiça.
O roubo aconteceu na madrugada do dia 19 de novembro, quando um bando de criminosos armados chegou pelo mato e invadiu a fazenda Cachoeira do Norte, em Paranatinga. Aos policiais, as testemunhas relataram que os indivíduos estavam com armas longas e renderam os funcionários da propriedade, pegando os celulares de todos. Segundo as vítimas, os criminosos não perguntaram sobre os defensivos, eles apenas afirmaram que já tinham conhecimento do local onde estavam armazenados os produtos.
A ação criminosa durou aproximadamente 8 horas, resultando no roubo de uma grande quantidade de defensivos agrícolas, incluindo herbicidas, inseticidas e fungicidas.
Durante as investigações, as equipes da GCCO constataram que o veículo utilizado para transportar os itens roubados era um caminhão e por meio de imagens de câmeras de segurança da Rodovia MT-130, foram obtidas imagens tanto do caminhão quanto de um veículo Onix utilizado de apoio pelos suspeitos.
Os policiais civis identificaram que o automóvel pertencia a uma empresa locadora de veículos, situada em Primavera do Leste, e ainda qualificaram a integrante do grupo que havia alugado o carro, o qual reside em Rondonópolis, é o proprietário do caminhão utilizado no transporte dos defensivos agrícolas roubados.
Na primeira fase, a Polícia Civil cumpriu mandados de busca e apreensão e prisões temporárias. Na ocasião também houve a apreensão do veículo usado como apoio, e tomado o interrogatório dos investigados, que negam envolvimento no roubo, porém apresentaram versões inconsistentes e desconexas.
Com o grupo foram localizadas botas compatíveis com as utilizadas pelos criminosos, conforme descrito pelas vítimas, roupa com a mesma estampa que aparecem nas imagens captadas pelas câmeras de segurança, luvas pretas, uma pistola Taurus calibre 9 milímetros, carregadores, munições, entre outros materiais.
Nesta segunda fase, o delegado da GCCO, Antenor Pimentel Marcondes, explicou que a partir das prisões e apreensões, a GCCO aprofundou o trabalho investigativo e identificou demais participantes do roubo. Sendo também possível desarticular a logística de venda dos produtos e inibir os receptadores.
E nesta quinta-feira (04), as equipes cumpriram duas prorrogações de prisão temporária, um mandado de prisão temporária contra uma terceira pessoa, dois mandados de busca e apreensão, ordens de quebra de sigilo e autorização para acesso e extração de dados dos dispositivos eletrônicos eventualmente apreendidos, além outras medidas cautelares como sequestro, bloqueio e indisponibilidade de valores existentes nas contas bancárias dos investigados, sequestro de veículos e a autorização do uso de uma caminhonete, Toyota modelo Hilux.
Segundo o Antenor, o terceiro suspeito foragido possui envolvimento em outras ocorrências, como roubo com restrição de liberdade da vítima, corrupção e ameaças.
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