O falso professor, Odiley Garcia Lopes, que forjou dois diplomas de curso superior para dar aulas em Cuiabá e ter direito a prisão especial, foi condenado a 19 anos e seis meses por utilização de documento falso e homicídio qualificado praticado contra Francisnei Magalhães da Silva. O executor dos disparos, Willian Francisco Mendes, também foi condenado a nove anos e quatro meses de prisão. O julgamento dos dois réus ocorreu na quinta-feira (11.10), no plenário do Júri do Fórum da Capital.
Consta na sentença, que o crime ocorreu no dia 09 de janeiro de 2009, por volta das 22h, no Bar do Geraldo, no bairro Novo Mato Grosso. Na ocasião, a vítima, que se encontrava na companhia de amigos, foi atingida por disparos de arma de fogo efetuados pelo réu Willian Francisco Mendes, a mando de Odiley Garcia Lopes.
“O réu Odiley Garcia Lopes contratou Willian para matar a vítima Fransciney, pagando-lhe com uma porção de aproximadamente cem gramas de pasta-base de cocaína e a quantia em dinheiro de R$ 1.500,00”, sustentou o promotor de Justiça Antônio Sérgio Cordeiro Piedade, que atuou no júri.
Segundo ele, o crime foi motivado por ódio vingativo oriundo de uma rixa existente entre Odiley e a vitima que, antes de ser assassinada, sofreu dois atentados. As suspeitas da autoria das tentativas de homicídio também recaem sobre o réu. Ele responde, ainda, pelo crime de ameaça no âmbito das relações domésticas ou familiares.
Quanto à utilização de diploma falso, o promotor de Justiça destacou que o réu lecionou para crianças e jovens, sem ter a mínima qualificação exigida, tendo inclusive se envolvido amorosamente com as próprias alunas. “A culpabilidade do réu é acentuada na medida em que o documento falsificado foi utilizado para exercer irregularmente atividade docente e ainda para se beneficiar de prisão especial, o que demonstra a intensidade do dolo”, destacou a magistrada Mônica Catarina Perri Siqueira, em um trecho da sentença.
Os dois réus estão presos desde o início do processo e não poderão recorrer da sentença em liberdade. O executor dos disparos, Willian Francisco Mendes, também responde por um furto qualificado, duas tentativas de roubo qualificado e um roubo qualificado consumado, além de duas condenações transitadas em julgado que soma dez anos e dez meses de reclusão.
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