A esposa de Gilmar Machado da Costa, morto na manhã de quinta-feira (20.03) durante a Operação Aqua Ilícita, no bairro Nova Conquista, em Cuiabá, Elizane Campos, publicou um vídeo nas redes sociais afirmando que seu marido foi executado pelos policiais sem apresentar resistência ou qualquer tipo de ameaça. Leia matéria relacionada - Criminoso morto em confronto recebeu Moção de Aplausos na Câmara de Cuiabá
Segundo o relato, na manhã, classificado como "a pior da vida dela", a família foi acordada por volta das 6h, com a invasão dos policiais. Todos foram mandados para o andar de baixo, com exceção de Gilmar. Minutos depois, seis tiros foram escutados.
“Meu marido estava dormindo comigo quando a polícia invadiu nossa casa e abordou todo mundo. Eles colocaram a gente para descer, só Gilmar ficou. E aí a gente só escutou os seis tiros, ele não ofereceu resistência ou qualquer tipo de ameaça. Ele não estava armado. Foi uma execução”, declarou Elizane.
Inclusive, Campos afirmou ter imagens do momento em que a suposta execução ocorreu. Ela afirmou que uma amiga gravou quando Gilmar estava de costas para a parede do quarto e foi atingido pelos tiros.
“Ele foi exterminado, não teve nenhum tipo de defesa. Eu tenho os vídeos. Uma amiga minha fez. Ele estava de costas para a parede do meu quarto, que está toda pipocada de bala. Ele não estava armado”, afirmou.
Gilmar Machado da Costa, líder comunitário do bairro Nova Conquista, era alvo da Operação Aqua Ilícita, que combate a extorsão, lavagem de dinheiro e organização criminosa que vinha prejudicando comerciantes de água mineral e aumentando os preços para os consumidores. Outro investigado também foi morto em um suposto confronto. A ação foi coorddenada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público Estadual, e contou com auxílio da Polícia Militar.
Leia matéria relacionada - Dois faccionados morrem em confronto durante ação policial
Outro lado
O entrou em contato com o Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) para elucidar a denúncia, mas até o fechamento da matéria não obteve retorno. Espaço segue aberto para manifestações.
Leia também - Polícia desarticula facção que extorquia empresários em MT
Entre no grupo do VGNotícias no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).