O entregador de Delivery, K.M.C, 28 anos, preso sob acusação de feminicídio, revelou em depoimento que matou a ex-mulher, Mikaelly Mendes da Silva, 26 anos, dois dias após o aniversário de 8 anos da filha do ex-casal. Mikaelly foi morta a facada no dia 07 de outubro, após o suspeito arrombar a casa e pedir para a filha ficar do lado de fora da residência, em Tangará da Serra (a 244 km de Cuiabá).
Conforme o depoimento que o teve acesso, K.M.C negou a presença de um advogado e revelou que o casal estava separado há cerca de um mês, e ele estava lutando contra a depressão. O entregador relatou que no dia 5 de outubro, a filha comemorou seu aniversário, mas Mikaelly fez uma "festinha" sem convidá-lo. No dia seguinte, ele pegou a filha para celebrar a data e a entregou no final da noite.
O acusado alegou que, após entregar a criança, começou a consumir álcool e seus pensamentos tomaram um rumo negativo, levando-o a ligar para seu irmão, que o aconselhou a ir dormir. No entanto, K.M.C foi para a casa de Mikaelly, invadiu o quintal da quitinete onde ela vivia e arrombou a porta.
Ele afirma que pediu à filha que esperasse do lado de fora enquanto ele conversava com a ex-companheira. Nesse momento, uma discussão começou, durante a qual a vítima confessou que estava envolvida com outra pessoa e mostrou áudios que provavam seu novo relacionamento.
K.M.C, então, foi até sua motocicleta, pegou uma faca e retornou à casa de Mikaelly, onde a discussão continuou. Ele desferiu um golpe de faca na vítima, que ainda conseguiu gritar "não faça isso, K", antes de morrer. Após o crime, ele fugiu com a filha, que estava no quintal da residência. O acusado argumentou em seu depoimento que não tinha a intenção de matar a mãe de sua filha e acreditava que não havia acertado o golpe fatal.
Segundo a patroa de Mikaelly, que é esteticista, no dia do crime, ela recebeu uma ligação do irmão de K.M., informando que ele havia ameaçado matar a ex-mulher, a filha e, em seguida, tirar a própria vida. O irmão de K.M. ainda pediu o endereço da vítima para ir até sua casa e alertá-la sobre a ameaça. No entanto, por não conhecer o irmão, a esteticista não compartilhou o endereço, mas foi até a casa de sua funcionária, onde a encontrou sem vida no quarto.
Leia a matéria que relata o depoimento da esteticista: Juíza mantém prisão de homem que matou ex-mulher por não aceitar fim de relacionamento
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