Os empresários de Cuiabá, Rafael Geon e Bruno Penazzo, acusados de pagarem um grupo para chicotear um homem, que não teve a identidade revelada, por uma dívida de mais de R$ 160 mil, foram presos na manhã desta quarta-feira (20.09), durante 'Operação Piraim', deflagrada pela Delegacia de Roubos e Furtos de Cuiabá (DERF/Cuiabá).
O grupo de criminosos foi identificado após a repercussão de vídeos nas redes sociais, que mostram um homem sendo chicoteado por cobradores de valores.
O delegado titular da DERF, Guilherme de Carvalho Bertoli, disse em entrevista coletiva realizada nesta manhã, que durante interrogatório, os suspeitos negaram saber a forma que os cobradores agiam para receber as dívidas, no entanto, o delegado confirma que apesar deles não aparecerem nas imagens, os empresários presenciaram as cenas de agressões.
Os quatro suspeitos que aparecem nas imagens foram identificados pela Polícia Civil, sendo Sérgio da Silva Cordeiro, José Augusto de Figueiredo Ferreira, Benedito Luiz Figueiredo de Campos e Guilherme Augusto Ribeiro e estão foragidos da justiça.
Segundo o delegado, os dois suspeitos presos são responsáveis apenas pelo crime que foi registrado nos vídeos, onde a vítima devia valores relacionados a joias negociadas de forma separadas com Rafael Geon e Bruno Penazzo, no entanto, os quatro suspeitos foragidos podem estar envolvidos em outros crimes de extorsões que estão sendo investigados pela delegacia.
Um dos crimes citados pelo delegado e que também foi gravado, mostra o suspeito Guilherme chutando a cabeça de uma vítima. Bertoli esclareceu ainda que há diversos grupos criminosos distintos que realizam cobranças de dívidas utilizando ameaças para intimidar as vítimas.
Segundo o delegado, as investigações iniciaram através de uma denúncia realizada em maio pelo pai de uma vítima, que estaria sendo mantido em cárcere, e o grupo exigia o pagamento da dívida para libertar o devedor, entretanto, na época, a vítima retirou a denúncia por medo.
Mas a partir dos vídeos gravados pelos criminosos, os policiais iniciaram investigações e chegaram até alguns grupos que praticam esses tipos de crimes.
Outro grupo que está sendo investigado, é de agiotagem, onde os criminosos cobravam juros abusivos e mesmo com o pagamento das dívidas, eles continuavam com as ameaças obrigando os devedores a pagarem a mesma dívida diversas vezes.
Conforme o delegado, a forma como os suspeitos realizam as cobranças começam com ameaças psicológicas, onde os suspeitos fazem insinuações sobre a família da vítima, indicando que conhece a rotina dos familiares, os locais que os filhos estudam, locais onde esposas ou pessoas próximas frequentam, até chegar na fase agressão física e tortura.
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