Visando cumprir seis mandados judiciais contra um grupo envolvido em atividades criminosas, a Polícia Civil deflagrou, nesta terça-feira (11.07), uma operação que teve como alvo um empresário do município de Tapurah (a 428 km de Cuiabá). Conforme a Polícia Civil, o empresário atuava em parceria com líderes de uma facção criminosa, envolvendo comércio ilegal de armas de fogo, tráfico de drogas, lavagem de capitais e extorsão. O nome do empresário não foi divulgado pela Polícia.
Com o apoio da Delegacia Regional de Nova Mutum e da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), os mandados de prisão e busca foram executados de acordo com as investigações conduzidas pelo delegado de Tapurah, Guilherme Pompeo.
As apurações revelaram que o empresário estava envolvido em um esquema ilícito de venda de armas de fogo para a facção criminosa, além de receber ofertas de armas por parte dos líderes para comercializá-las. O empresário também utilizava a conta de um funcionário, que também foi preso na operação, para enviar a quantia de R$ 100 mil a líderes da facção criminosa.
Uma parte desse dinheiro era arrecadada através de uma espécie de "taxa de segurança" imposta a comerciantes, profissionais liberais e empresários da região. O empresário afirmava que o valor seria destinado à compra de cestas básicas para pessoas carentes, utilizando essa "taxa" como uma forma de garantir a proteção das propriedades daqueles que contribuíam financeiramente.
Durante a operação, foram apreendidas diversas armas de fogo, incluindo pistolas, revólveres, rifles, e centenas de munições. Um dos alvos foi preso em flagrante por posse ilegal de arma de fogo, devido à falta de registro de duas armas. Além disso, foram encontrados R$ 3 mil em espécie.
O delegado de Tapurah, Guilherme Pompeo, explicou que a investigação apurou ainda que o empresário atuou em uma “via de mão dupla”, pois expôs a venda de dezenas de armas para facção e também recebeu ofertas de armas por parte dos líderes para que ficasse encarregado em vendê-las.
Dois mandados de prisão foram cumpridos contra líderes de uma facção que estão presos, um na Penitenciária Central do Estado e outro no Estado do Rio de Janeiro.
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