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Polícia Quarta-feira, 08 de Agosto de 2018, 17:49 - A | A

Quarta-feira, 08 de Agosto de 2018, 17h:49 - A | A

“Red Money"

Empresa de VG era usada para lavagem de dinheiro de facção criminosa

Redação/VG Notícias

PJC/MT

preso

 

A Polícia Civil durante as investigações da operação “Red Money" identificou que uma empresa, localizada em Várzea Grande, denominada J.J Informática, foi criada, principalmente, para promover lavagem de dinheiro e movimentar os valores da facção criminosa.

Constituída em fevereiro de 2017, a empresa pertence a Jonas Souza Gonçalves Junior, conhecido por Batman, e sua esposa Jeniffer Lemes (presa na operação). Ele é condenado por assalto a agências bancárias, tratando-se de um dos principais líderes da facção criminosa e um dos responsáveis pelo departamento financeiro da organização.

Em análise financeira, a Polícia Civil descobriu que a J.J Informática, em apenas 04 meses, movimentou cerca de R$ 800 mil. Porém, nenhuma das movimentações e pessoas identificadas tinha ligação com o objeto social da empresa, ao contrário das pessoas que realizaram transações com o estabelecimento. Pelo menos 180 possuía antecedentes criminais ou algum vínculo pessoal com criminosos e condenados pela Justiça, grande parte deles presos na Penitenciária Central do Estado.

Durante o ano de 2017 foram descobertos dezenas de envolvidos no esquema financeiro. Ao lado da J.J Informática, outras contas bancárias foram identificadas e definido um “núcleo de liderança”, no que se refere à movimentação financeira da facção criminosa. No período de 1 ano e 6 meses, houve circulação de montantes entre R$ 5 milhões a R$ 800 mil, dependendo do CPF.

A partir disso, a Polícia Civil chegou ao líder da facção, com papel de comando na parte financeira. Trata-se de Francisco Soares Lacerda (Brasília), que utilizou-se, principalmente, da esposa para movimentação ilícita e aquisição patrimonial.

Sistema de Arrecadação - O sistema de arrecadação financeira da facção investigada na operação “Red Money” assume formato de pirâmide. No topo está o núcleo de liderança e na base dezenas de contas bancárias, com movimentação menor, que fazem a captação de dinheiro, e, gradativamente, fazem o repasse às contas maiores.

No período de um ano e meio (01/06/2016 a 18/01/2018), entre entradas e saídas de 44 contas investigadas na operação, foram identificados movimentação de aproximadamente R$ 52 milhões.

O delegado Luiz Henrique de Oliveira, Coordenador de Inteligência da Polícia Civil, disse que a deflagração da operação corresponde ao fechamento de uma etapa importante da investigação e agora iniciará um trabalho mais técnico, de análise dos documentos apreendidos, interrogatórios, oitiva de testemunhas, identificação de outros suspeitos.

Conforme ele, além das prisões, o objetivo principal é a apreensão do patrimônio e descapitalização da organização criminosa. “A operação Red Money indica que a Polícia Judiciária Civil avançou um degrau na forma de se combater as facções criminosas no Estado, precisamos focar no aspecto financeiro e patrimonial para enfraquecer essas organizações criminosas”, frisou.

O delegado da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), Diogo Santana, chamou atenção para o fato de que várias pessoas forneceram conta bancária para que fosse movimentado dinheiro ilícito, e, agora, terão que informar a mando e interesse de quem fizeram isso. “Qualquer pessoa que empresta sua conta bancária para movimentar valores ilícitos pode incidir no crime de lavagem de dinheiro”, afirmou.

 

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