Márcio Ferreira Gonçalves, acusado de envolvimento no duplo assassinato de Pilson Pereira da Silva e Rui Luiz Bolgo, ocorrido em 21 de abril em uma residência no município de Peixoto de Azevedo, a 672 km de Cuiabá, declarou durante a audiência de custódia que não participou da ação criminosa. Ele afirmou que só deixou a cidade após tomar conhecimento do crime e que ficou temeroso, pois suspeitava que as ameaças feitas a sua esposa, a pecuarista Inês Gemilaki, no dia anterior, poderiam ter sido realizadas pelas mesmas pessoas.
Na mesma audiência, a juíza plantonista da Comarca de Alta Floresta, localizada a 788 km da capital, Milena Ramos de Lima e S. Paro, orientou o custodiado a manter-se em silêncio. No entanto, Márcio afirmou que foi a Alta Floresta para entregar alguns filhotes de cachorro na casa da ex-mulher, animais que pertenciam à sua esposa, Inês.
Segundo ele, sua intenção era deixar os animais e se apresentar na delegacia, reiterando sua não participação na ação criminosa. Contudo, na manhã do dia 23 de abril, Márcio e seu irmão, Eder Gonçalves Rodrigues, foram presos na residência da ex-esposa de Ferreira, na presença das filhas, ex-mulher e cunhada.
Márcio afirmou ainda que o duplo assassinato foi consequência das ameaças sofridas por sua esposa no dia anterior. Ele justificou seu medo ao ver sua foto sendo divulgada em cartazes de "procura-se". "Como minha foto foi amplamente divulgada nas redes sociais, houve confusão, pois eu não estava no local do crime", enfatizou Márcio.
Porém, a juíza reiterou ao custodiado que o propósito da audiência era apenas verificar a legalidade do mandado de prisão, e não analisar os detalhes do crime.
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