Mesmo depois de ter conseguido habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-secretário de Fazenda Eder Moraes (PMDB), ainda passou mais uma noite preso na Polinter em Cuiabá. A expectativa é que ele deixe o local nesta manhã de sábado (09.08). O advogado Paulo Lessa está na Polinter e disse aos jornalistas que Eder é um homem livre e precisa apenas que o juiz cumpra a decisão do ministro José Antonio Dias Toffoli.
O habeas corpus foi anunciado pela defesa de Eder na noite desta sexta-feira (08.08) e Lessa disse ao Gazeta Digital que já estava se dirigindo para a Polinter para agilizar os trâmites burocráticos necessários para a soltura de seu cliente. Ele acreditava que Eder seria solto ainda durante a noite o que não aconteceu.
Eder está preso desde o dia 20 de maio quando a Polícia Federal deglagrou a 5ª fase da Operação Ararath que investiga um esquema de lavagem de dinheiro e crimes contra o sistema financeiro envolvendo integrantes de todos os poderes constituídos de Mato Grosso, Judiciário, Legislativo Estadual, Executivo Estadual, Ministério Público Estadual (MPE) e Tribunal de Constas do Estado (TCE).
O ex-secretário é apontado como principal operador de um esquema que pode ter movimentado pelo menos R$ 500 milhões. As investigações realizadas pela PF juntamente com o Ministério Público Federal (MPF) apontam que Eder intermediava empréstimos junto às empresas Globo Fomento Mercantil e Comercial Amazônia Petróleo do empresário Gércio Marcelino Mendonça Júnior, o Júnior Mendonça, para políticos e empresários.
O problema é que as empresas não tinham autorização do Banco Central para operar como instituições financeiras. Mendonça está na condição de colaborador pois aceitou a proposta de delação premiada e citou nomes dos envolvidos e detalhes de como funcionavam os empréstimos bem como o destino do dinheiro sendo que parte dele era usada para financiar campanhas políticas.
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