Presos em 27 de junho deste ano, durante a operação “Abadom”, sob acusação de extorquir traficantes, o delegado titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), em Cuiabá, João Bosco, e sua esposa, a investigadora Gláucia Cristina Alt, foram suspensos dos cargos.
A portaria que regulamenta a suspensão de ambos foi assinada pelo secretário de Estado de Segurança Pública, Alexandre Bustamante dos Santos, e publicada na edição desta segunda-feira (12.08) da Imprensa Oficial (Iomat).
Conforme a portaria, Bosco e de Gláucia não sofrerão prejuízos na remuneração, ou seja, eles continuarão a receber o salário enquanto são investigados em sindicância interna instaurada pela Corregedoria da Polícia Civil - e enquanto o processo tramitar na 3ª Vara Criminal de Várzea Grande. Ainda, segundo a portaria, a suspensão atende a decisão proferida pelo juiz substituto da 3.ª Vara Criminal de Várzea Grande.
João Bosco foi suspenso desde 02 de julho e Gláucia a partir de 17 de julho deste ano. “Suspender o exercício da função, sem prejuízo da remuneração, do Delegado de Polícia JOÃO BOSCO RIBEIRO DE BARROS a partir de 02/07/2013 até a decisão final da ação que originou tal decisão”; “Suspender o exercício da função, sem prejuízo da remuneração, da Investigadora de Polícia GLAUCIA CRISTINA MOURA ALT a partir de 17/07/2013 até a decisão final da ação que originou tal decisão” diz trechos das portarias. Confira no final da matéria.
Liberdade – A prisão de João Bosco durou por apenas seis dias, logo após conseguiu na Justiça Habeas Corpus que lhe garantiu responder o processo em liberdade. Já a esposa do delegado ficou detida por 20 dias.
A prisão - O delegado João Bosco, e sua esposa, a investigadora Gláucia Cristina Alt, foram presos, preventivamente, em 27 de junho, pela Corregedoria Geral da Polícia Civil, na operação “Abadom”. Eles foram acusados de extorquir traficantes.
A operação foi deflagrada pela Delegacia Especializada de Repressão a Entorpecentes (DRE), da Polícia Judiciária Civil do Estado, e desarticulou uma quadrilha de tráfico de drogas. De acordo com a delegada responsável pelo caso, Alana Cardoso, o delegado João Bosco e sua esposa, cobravam dos traficantes pelo silêncio.
Além do delegado e de sua esposa, mais três pessoas tiveram os mandados de prisão cumpridos, entre eles um servidor da Secretaria de Saúde de Cuiabá, e cinco detentos da Penitenciária Central do Estado (PCE).
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