A Delegacia Especializada de Crimes Fazendários (Defaz), concluiu na tarde desta terça-feira (12.07) que um dos principais operadores do esquema investigado na 'Operação Bomba Fantasma' desencadeada em 6 de junho deste ano para apurar fraudes ao fisco estadual, escalou um 'laranja' para compor o quadro societário e administrar a sociedade.
O detalhe é que os demais sócios disseram desconhecê-lo, reforçando a tese de que as assinaturas para composição do quadro foram falsificadas.
A polícia já ouviu dez envolvidos no esquema e já está materializado que dos operadores do posto “fantasma” era J.N.A.S, um dos principais responsáveis na organização criminosa que utilizou um 'laranja' para operar o esquema.
O delegado Walter Fonseca de Melo Junior, titular da Defaz, explica que também foi possível apurar que o mesmo suspeito, empresário reconhecido no segmento de combustível, já se utilizou de nome falso para abertura de empresas do mesmo ramo do que é investigado na operação.
Após a deflagração da operação 'Bomba Fantasma', no dia 6 deste mês, com o cumprimento das 30 ordens judiciais deferidas pela titular da 7.ª Vara Criminal de Cuiabá, juíza Ana Cristina Silva Mendes, a Defaz avançou nas investigações para desarticular uma organização criminosa constituída por um núcleo de empresários do segmento de combustíveis e outro de empresas do ramo de transportes, cujo objetivo era a venda de notas fiscais às transportadoras, para fins de aproveitamento de crédito fiscal.
Indícios de antes - Na atual conjuntura da produção de provas, a investigação conjunta da Defaz, Comitê de Recuperação de Ativos (Cira) e Secretaria de Estado de Fazenda já identificou que, em 2018, pelo menos quatro postos de combustíveis realizaram a venda de milhares de litros de diesel a transportadoras sem efetiva circulação da mercadoria, ou seja, sem o abastecimento na bomba.
Da parte do governo/Sefaz - Pela nota da Secretaria de Estado da Fazenda, com a auditoria realizada pela Coordenadoria de Fiscalização de Combustível, Comércio e Serviços da Sefaz e o aprofundamento das investigações pela Delegacia Fazendária foi apontado que dos quatro postos, três pertencem ao mesmo grupo de empresários, e que um posto, na cidade de Alto Garças, foi responsável por realizar a venda de 10,754 milhões de litros de óleo diesel, sem adquirir um único litro para seu estoque, reforçando apenas a venda da nota fiscal fictícia.
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