Os delegados Diego Alex Martimiano da Silva e Edson Arthur Teixeira Peixoto, da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Veículos de Cuiabá (Derfva), em entrevista coletiva à imprensa nesta terça-feira (04.07), afirmaram que a investigação da 2ª fase da Operação Kuron, descobriu que os bandidos usavam chave de fenda para abrir as portas das camionetes Toyotas Hillux.
Conforme os delegados, há diversos vídeos analisados pela equipe policial, onde mostram a facilidade dos criminosos para arrombar as portas dos veículos. Os policiais acreditam ser um grande grupo criminoso que atua nos furtos das camionetes em Cuiabá e Várzea Grande.
Leia mais - Criminosos envolvidos em furtos de caminhonetes em Cuiabá e VG são presos em operação
“Há diversos vídeos que foram analisados. O meliante consegue abrir a caminhonete com uma chave de fenda, inserindo a ferramenta no local da chave e vira, em 10 segundos a caminhonete está aberta”, explicou o delegado.
Dentro das camionetes, os integrantes do grupo criminoso acessavam a parte eletrônica com um segundo aparelho mais complexo que cópia a chave original dos veículos. Eles ligavam a caminhonete uma vez para conseguir clonar o seu sinal com uma chave “virgem”. Conforme os delegados, o aparelho custa em torno de R$ 40 mil.
“Esse aparelho custa em torno de R$ 40 mil. Com ele, eles conseguem copiar a chave do veículo, sem acessar nada. Eles abrem com esse método da chave de fenda, o veículo emite um sinal, e devido a um de presença, eles conseguem captar esse sinal do veículo e jogam a codificação da caminhonete para aquela chave, e aquela chave passa a ser a chave do veículo”, disse.
Entretanto, os criminosos não podem mais desligar o veículo após o furto. O aparelho utilizado pelo grupo serve para dar a primeira ignição, e se a camionete for desligada, a chave não funciona mais, explicou o delegado.
“O problema que eles têm é que não podem desligar o veículo, porque se desligar, a chave não funciona mais. Isso é para dar a primeira ignição. Então eles ligam, enquanto a caminhonete estiver ligada, não tem problema nenhum”, disse durante a coletiva.
A quadrilha levava para a Bolívia os veículos furtados para trocar por entorpecentes. Além disso, haviam pessoas na organização criminosa que eram encarregadas de conseguir contato dos donos das camionetes, e com isso, os ameaçavam e exigiam dinheiro em troca do veículo.
Entre no grupo do VGNotícias no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).