A Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Veículos (DERFVA) cumpre 19 ordens judiciais contra organização criminosa envolvida em furtos de caminhonetes, principalmente, em Cuiabá e Várzea Grande. A 2ª Fase da Operação Kuron, foi deflagrada no início da manhã desta terça-feira (04.07), conforme informações da Polícia Civil de Mato Grosso.
Após desdobramentos das investigações, a segunda fase da operação identificou pessoas responsáveis por dar suporte financeiro ao grupo criminoso. No total, são cumpridos nove mandados de prisão (quatro preventivas e cinco temporárias) e dez de busca e apreensão.
A primeira fase da operação ocorreu em fevereiro deste ano, quando foram cumpridas 10 ordens judiciais, incluindo mandados de prisão. O grupo criminoso especializado em furtos de camionetes, especialmente do modelo Toyota Hilux, foi desarticulado.
As investigações revelaram que os suspeitos se especializaram em um método específico de furto, no qual os veículos são subtraídos quando estão estacionados na rua. Durante o furto, os criminosos conseguem abrir e ligar as camionetes, fugindo com os veículos sem deixar rastros.
Desdobramentos das investigações também revelaram a existência de outra célula da organização criminosa, com atuação nos mesmos crimes já investigados na primeira fase. Entre os alvos identificados, foram encontradas duas pessoas (padrasto e enteada) responsáveis por alugar imóveis próximos aos locais onde ocorriam os furtos. Esses imóveis eram usados para "esfriar" (guardar o veículo por alguns dias) as camionetes, antes de trocarem suas placas de identificação. A maioria das caminhonetes tinha como destino a Bolívia.
A suspeita usava uma identidade falsa para alugar os imóveis, enquanto os pagamentos dos aluguéis eram feitos através da conta bancária do padrasto. Pelo menos dois imóveis foram alugados pela organização criminosa com esse propósito.
Outro integrante da organização criminosa, identificado nas investigações, era responsável por extorquir as vítimas que tiveram suas camionetes furtadas. Após obter os dados das vítimas, ele entrava em contato exigindo pagamento em dinheiro para a devolução dos veículos furtados.
Além disso, foram identificados mais dois suspeitos que prestavam serviços aos demais membros da organização criminosa. Eles falsificavam procurações para serem usadas em concessionárias e órgãos públicos responsáveis pela guarda e apreensão dos veículos. A falsificação das procurações tinha o objetivo de retirar veículos de propriedade dos integrantes da organização criminosa, que haviam sido apreendidos e possuíam pendências nos órgãos de trânsito.
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