O delegado Rodrigo Azem, da Delegacia Especializada de Repressão ao Crime Organizado (DRACO), afirmou durante coletiva de imprensa na manhã desta quinta-feira (20.03) referente à Operação Falso Profeta que a facção criminosa Comando Vermelho (CV) estava recebendo R$ 1,5 milhão pelas taxas de galões de águas vendidos. Leia matéria relacionada - Operação mira facção que atua com extorsão de comerciantes
A operação, realizada em Cuiabá e Várzea Grande, já teve, até o momento, sete prisões confirmadas. O objetivo da ação é desarticular um esquema de extorsão e lavagem de dinheiro contra estabelecimentos comerciais que atuam na distribuição de água mineral.
“Na região onde eles praticavam a extorsão foi estimado um valor de R$ 1,5 milhão de galões vendidos ao mês, isso se você tiver efetivamente o pagamento da taxa de 1 real por galão, um recurso bem alto para o Comando Vermelho”, afirmou Azem.
Rodrigo afirmou ainda no grupo de comerciantes que estavam sendo extorquidos pela facção havia mais de 100 membros, contudo, somente 11 foram identificadas e ouvidos – destacando-se que apesar de várias denúncias, as vítimas se sentem receosas de depor.
“Nós recebemos diversas denúncias, mas estamos tendo cuidados com as vítimas, porque elas não querem depor por medo de represálias. No entanto, 11 foram identificas e ouvidas”, declarou.
O alvo principal da operação, identificado como líder da facção criminosa e mentor do esquema, o pastor de uma igreja no bairro Pedra 90, em Cuiabá, que está foragido no Estado do Rio de Janeiro, também possuí passagens criminais por homicídio e tráfico de drogas, bem como os demais alvos.
Apesar das diversas denúncias, Azem declarou que as vítimas não sofreram violências físicas. Contudo, elas foram vítimas de ameaça e coação.
Leia também - Criminoso morto em confronto recebeu Moção de Aplausos na Câmara de Cuiabá
Entre no grupo do VGNotícias no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).