O delegado Caio Fernando Albuquerque, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), afirmou em coletiva, na manhã desta terça-feira (24.01), que os quatro maranhenses mortos em 02 de maio de 2021, foram decapitados, tiveram parte dos corpos amputadas, além de perfurações de arma de fogo na cabeça. Os cadáveres seguem desaparecidos.
De acordo com o delegado, os maranhenses Tiago Araújo, 32 anos, Paulo Weverton Abreu da Costa, 23 anos, Geraldo Rodrigues da Silva, 20 anos e Clemilton Barros Paixão, também de 20 anos, foram mortos por motivo torpe pela retaliação de uma facção criminosa rival.
Os jovens desapareceram há quase dois anos, no bairro Jardim Renascer, na Capital. Leia matéria relacionada - Jovens vêm para Cuiabá em busca de emprego e acabam sequestrados pelo Comando
Conforme o delegado, a operação “Kalýpto”, foi deflagrada na manhã de hoje (24), e já foram realizadas cinco prisões, sendo dois de dentro da Penitenciária Central do Estado (PCE), que estão lá por outros crimes, dois usuários de tornozeleira eletrônica, que usavam o aparelho no dia do crime, e pouco se importaram de serem detectados quando fizeram a barbaridade e um terceiro.
Segundo Albuquerque, as diligências continuam e outras providências podem ser tomadas.
Ele disse, ainda, que uma outra pessoa que está foragida, mas que já foi identificada, tem um mandado de prisão em aberto por envolvimento no “salve” da motorista de aplicativo, Natana da Silva, 30 anos, morta em 23 de julho de 2020. Segundo exame de necropsia, ela sofreu um ritual de espancamentos seguido de choques elétricos. A vítima chegou a receber 70 choques no corpo. Leia matéria relacionada - Acusados de espancar e torturar com choque mulher até a morte são alvos de operação.
Em relação aos corpos ainda não encontrados dos maranhenses, o delegado disse que não é porque não tem “corpo”, que a polícia e a segurança pública vão ficar inertes. “Temos tantos casos que mesmo sem corpo, as pessoas foram presas, processadas, responsabilizadas. Então usando o português claro, é conversa fiada dizer que sem corpo não há crime, é uma falácia, pois sem corpo há crime sim e por isso hoje (23) foram pedidas as prisões, foram prontamente deferidos com aval do Ministério Público. Caso seríssimo, caso preocupante.
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