Neste domingo (28.07), a morte do sargento da Polícia Militar de Mato Grosso Odenil Alves Pedroso completou dois meses foragido. Desde o dia 28 de maio, o homem identificado como sendo o algoz do policial segue sem ser preso, tendo escapado da polícia militar em mais de uma ocasião, após sucessivas tentativas frustradas das forçar de segurança de capturar o suspeito.
A caçada por Raffael Amorim de Brito, frustrada até o momento, é cheia de "alarmes falsos" sobre a presença do militar, além de momentos em que os policiais estiveram próximo de prender o suspeito, mas ele conseguiu escapar.
Com um déficit de 5 mil policiais, a Secretaria de Segurança Pública de Mato Grosso sofre para conseguir prender o assassino, que acumula diversas fugas. Chegando ao ponto de o comandante da PM afirmar, em entrevista, que é precisar aguardar que Raffael "saia para trabalhar" para ser preso.
Assassino deveria ter sido preso 8 dias antes
Raffael deveria ser preso muito antes de matar o sargento da PM. Oito dias antes do crime, o Ministério Público Estadual (MPE) pediu sua prisão. O juiz da 8ª Vara Criminal de Cuiabá, Jurandir Florencio de Castilho Junior, condenou Raffael Amorim a pena de 8 anos e 3 meses de prisão em regime fechado, por cometer um assalto na Capital.
A promotora de Justiça Laís Glauce Antônio dos Santos, protocolou na 8ª Vara Criminal de Cuiabá uma petição solicitando a expedição de mandado de prisão, com “urgência”, em desfavor de Raffael e da guia de execução penal provisória do mesmo. O pedido não foi analisado pelo juízo.
Busca por "DG" e outros envolvidos
O depoimento de Pedro Henrique Pereira dos Santos da Silva, acusado de dar apoio ao assassino do sargento e preso no último domingo (09.06), levou os policiais a descobrirem o envolvimento de uma terceira pessoa: o faccionado "DG", cujo nome completo é D.G.O.
"DG" teria orientado Pedro Henrique para buscar Rafael Brito no Centro Comunitário do bairro Nova Conquista, onde ele estava escondido. Em seguida, Pedro deixou o assassino em uma região de chácaras na zona rural de Cuiabá conhecida como "Monte Sinai".
Os policiais foram até a casa de "DG" no bairro Novo Paraíso. Mas não o encontraram no local.
Esconderijo em Várzea Grande
Raffael conseguiu escapar dos policiais após abordagem policial no residencial José Carlos Guimarães, em Várzea Grande, no dia 12 de junho. O caso ocorreu após denúncia anônima de que eles estaria escondido na casa da irmã. No apartamento da irmã de Raffael, os policiais apreenderam uma arma e porções de maconha.
"No momento em que a guarnição foi para averiguar, os dois indivíduos saíram correndo para dentro da mata, que é ali no local", afirmou o Cabo Vaillant, do 10º Batalhão da Polícia Militar.
Busca em acampamento do MST
Até mesmo um acampamento do Movimento Sem-Terra foi alvo da polícia na busca pelo assassino do Sargento. No dia 8 de julho, o MST denunciou um caso de tortura e agressão por parte da polícia que confundiu um assentado do Acampamento Palestina Livre, em Juscimeira, com Raffael de Brito.
No comunicado enviado à imprensa, o MST informou que "Comandante Handson", da Polícia Militar, teria informado que ação seria para prender o assassindo do sargento Odenil Alves, o faccionado Raffael Amorim de Brito. “Essa operação era para capturar e prender Rafael Amorim de Brito, um bandido foragido e perigoso da qual suspeitavam que estivesse no acampamento”, teria dito o comandante, segundo trecho do comunicado do MST.
De acordo com o relato, um dos assentados foi interrogado sob suspeita de estar na companhia do assassino do sargento no último domingo. O homem então teria mostrado uma foto no celular com o seu amigo com quem estava no domingo. Os policiais perceberam que o amigo era apenas semelhante ao suspeito e pediram desculpas.
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