A mãe da jovem que assassinou Isabele Guimarães Rosa com um tiro no rosto, no condomínio Alphaville I, em Cuiabá, em 2020, se pronunciou após a repercussão da expulsão da filha da Faculdade São Leopoldo Mandic, em Campinas, em São Paulo.
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A mulher em entrevista ao jornalista Ullisses Campbell, do blog True Crime, declarou que a filha não deve nada para ninguém, pois já cumpriu o que imposto pela Justiça e merece viver a vida sem esse linchamento moral.
A mãe da jovem externou que não vai deixar barato o que aconteceu, alegando que a filha já enfrentou outras reações negativas antes da expulsão pela faculdade. Quando ainda morava em Cuiabá, a jovem foi a um salão de beleza e acabou sendo chamada de “assassina” por uma cliente no momento em que era maquiada para uma festa.
A jovem, logo após deixar o centro para menores infratores e de concluir o Ensino Médio, prestou vestibular e foi aprovada em várias faculdades, entre elas a São Leopoldo Mandic, onde foi matriculada em Medicina ao lado da irmã gêmea.
Nas primeiras semanas de aula na nova universidade, a jovem até passou despercebida, no entanto, às vésperas do carnaval, uma aluna do 5º ano, moradora de Cuiabá, espalhou pela comunidade acadêmica que a caloura havia sido condenada.
A estudante então passou a ser rejeitada pelas colegas de classe. Em uma das situações, chegou para assistir aula e sentou numa das cadeiras. As alunas em volta dela se levantaram do seu lado, em uma demonstração de rejeição.
De acordo com o blog True Crime, a decisão pela expulsão ocorreu após o recebimento de uma denúncia sobre o imbróglio, que resultou na abertura de uma sindicância. Nessa apuração interna, foi constatado que a presença da jovem estaria tumultuando a comunidade acadêmica e poderia comprometer a reputação da instituição, além de, no entender da faculdade, não ser compatível com a prática da Medicina.
Após a notícia se espalhar, um grupo de mães também se manifestou e pressionou a direção da faculdade. “Essa estudante matou a melhor amiga com um tiro bem no meio do rosto. Quem me garante que ela não vai fazer isso de novo? Não estou nem dormindo direito”, disse ao blog Berta Camillo, cuja filha era da mesma classe que a jovem.
A São Leopoldo Mandic é uma das faculdades mais caras do país, com mensalidades girando em torno de R$ 13 mil mensais. Succi frisou que a instituição vai devolver os valores pagos pela estudante e que a decisão não se estende à irmã gêmea.
Entenda o caso - Isabele foi morta aos 14 anos, na casa da suspeita, no condomínio Alphaville I, em Cuiabá. A menor infratora foi condenada por ato infracional análogo ao crime de homicídio, teve sua internação decretada imediatamente por prazo indeterminado e desde 19 de janeiro deste ano está internada Complexo Pomeri. De seis em seis meses, conforme decisão judicial, ela passa por reavaliação psicológica, para revisão da pena imposta.
Em 8 de junho de 2022, o Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) determinou a soltura da adolescente, após a desclassificação da conduta dolosa para culposa durante uma sessão da Terceira Câmara Criminal. A decisão gerou controvérsias e debates na sociedade, principalmente pela gravidade do crime e as circunstâncias em que ocorreu.
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