A jovem identificada apenas como 'Diná', de 22 anos, foi reconhecida pela mãe após a divulgação maciça da Prefeitura junto aos veículos de comunicação. O caso ganhou repercussão na internet, devido ao fato da menina, que sofrer de transtornos mentais, estar há pouco mais de uma semana 'albergada' em um hotel na região central da capital.
A jovem havia sido encontrada no dia 25 de abril deste ano em um posto de combustível na região do Distrito Industrial e foi recolhida pelo Centro de Referência de Assistência Especializado (Creas).
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Há mais de uma semana ela foi encaminhada a um Hotel Albergue e seu caso acabou vindo a tona.
Após os compartilhamentos em massa das fotos e da histórias de Diná, sua mãe identificada apenas como Bernardina, reconheceu a filha e entrou em contado com o Núcleo de Pessoas Desaparecidas (NPD) da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (Dhpp).
Em entrevista exclusiva ao a mãe disse que já entrou em contato com assistentes sociais sobre a possibilidade de a filha ser internada em algum hospital psiquiátrico da Capital, uma vez que ela sofre de esquizofrenia psicótica.
As circunstâncias de como a jovem veio parar em Cuiabá também devem ser esclarecidas.
O CASO
“Diná”, de 22 anos, como foi identificada inicialmente, foi encontrada no dia 6 de julho, em situação de risco social, sem portar nenhum tipo de documento. Ela estava em um posto de combustível, localizado às margens da rodovia BR-364, na região do Distrito Industrial.
Reconhecendo que a jovem precisava de ajuda, populares procuraram pelos serviços ofertados pelo Centro de Referência de Assistência Especializado- Creas. Na sequência, o primeiro atendimento foi prestado e a jovem encaminhada à unidade de acolhimento.
“O caso da Diná é um tanto complicado pois, ela apresenta sinais nítidos de transtorno mental, não tendo condições de relatar sua trajetória de vida, os dados civis ou sequer o nome dos familiares, muito menos sua cidade de origem. O nosso primeiro passo é tentar contatar a família para conhecer os reais motivos para identificar que tipo de ajuda atenderá a pessoa”, disse a assistente social e responsável pelo acolhimento no “Hotel Albergue”, Marilândia Silva Nunes.
Marilândia conta que foi solicitado apoio à Politec, no entanto sem êxito, pois não foi possível coletar as digitais para identificá-la.
Atualmente, o “Hotel Albergue” abriga 87 pessoas em situação de rua, sendo a maioria das vagas ocupadas por homens. Já nas unidades de acolhimento estão com 112 pessoas abrigadas, sendo 39 no Albergue Manoel Miráglia, 45 no Albergue do Porto e 28 no Albergue da Guia. Cada unidade tem capacidade de atendimento de até 50 pessoas.
Para aqueles que não aceitam o acolhimento, são distribuídas refeições todos os dias, em diferentes pontos da cidade como também no Aterro Sanitário. Além também de kits de higiene pessoal e cobertores em épocas de frio.
O Hotel Albergue tem como idealizadora a primeira-dama Márcia Pinheiro e foi criado no início do período de enfrentamento a pandemia do coronavírus para aumentar a capacidade de acolhimento em Cuiabá.
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