O goleiro Bruno Fernandes negou ter ameaçado dois detentos na penitenciária Nelson Hungria em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte. O preso foi ouvido na tarde desta quinta-feira (1º) pelo juiz Wagner Cavalieri, da Vara de Execuções, em uma audiência de justificação.
Dois agentes penitenciários, no entanto, afirmaram que o goleiro ameaçou os colegas ao ouvir comentários sobre sua mulher, a dentista Ingrid Calheiros.
O conteúdo dos depoimentos não foi divulgado. O juiz dispensou os dois presos supostamente ameaçados de prestar depoimento e ouviu os dois funcionários, além do goleiro. A audiência durou duas horas e terminou às 15h.
O advogado que acompanhou Bruno na sessão, Francisco Simim, considera as acusações infundadas.
— O Bruno negou qualquer ameaça, ele é um preso exemplar. Está detido há três anos e um mês e não tem nenhuma acusação grave. Houve uma discussão, mas não houve ameaça. Os dois agentes que prestaram depoimento hoje caíram em contradição, não teve sintonia na conversa deles.
O juiz abre vistas para o Ministério Público se pronunciar sobre o caso, e em seguida a defesa apresenta as alegações. Se a Justiça considerar que houve infração, o goleiro pode perder benefícios como o direito de trabalhar e o tempo mínimo de progressão para o regime semiaberto.
O goleiro chegou a perder o benefício de trabalhar e de tomar banho de sol na penitenciária por conta da discussão. Com as atividades, ele tem direito à remição de um dia de pena para cada três trabalhados. Segundo seus advogados, Bruno teria discutido com dois presos que fizeram comentários sobre sua mulher.
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