Um agente da Polícia Civil, identificado pelas iniciais F.L.F.R., 46 anos, foi denunciado por uma família em Nova Monte Verde, a 944 km de Cuiabá, sob suspeita de ameaça e abuso de poder. A Polícia Civil já instaurou um procedimento investigativo para apurar o caso.
Conforme o boletim de ocorrência registrado na última terça-feira (07.01) pelo advogado das vítimas, as ameaças teriam começado há cerca de um ano, quando o policial inaugurou um estabelecimento localizado próximo ao comércio da família denunciante.
Em um documento obtido pelo , foi informado que as ameaças tiveram início devido a situações como clientes das vítimas estacionando veículos em frente ao estabelecimento do policial, fumaça proveniente de churrascos realizados pela família denunciante e crianças utilizando brinquedos do estabelecimento do suspeito.
O policial teria realizado uma operação policial contra o estabelecimento da família. Durante a ação, descrita como truculenta, houve o uso de spray de pimenta para dispersar a clientela, causando prejuízos financeiros, já que muitas comandas ficaram sem pagamento. Além disso, as vítimas relataram invasões à residência no período noturno, sem mandado de busca ou justificativa legal, e abordagens públicas feitas de forma desnecessária e constrangedora na frente de clientes.
Ainda segundo a denúncia, o agente policial teria feito ameaças frequentes aos proprietários, que são idosos, afirmando que, caso fosse "prejudicado de alguma forma", tomaria medidas para "prejudicá-los de outra maneira". Ele também teria usado a informação de saber onde as filhas do casal residem como forma de intimidação.
No dia 30 de dezembro de 2024, o advogado das vítimas formalizou a denúncia junto à Corregedoria-Geral da Polícia Civil por meio de e-mail. Preocupados com a segurança da família, os proprietários solicitaram medidas de proteção para evitar possíveis represálias, destacando que o policial aparece frequentemente armado.
Em nota, a Polícia Civil confirmou o recebimento da denúncia e informou que o caso está sendo apurado. "A Corregedoria-Geral da instituição recebeu a comunicação dos fatos no dia 30 de dezembro e instaurou procedimento para apuração do caso", declarou.
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