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Polícia Quinta-feira, 30 de Agosto de 2018, 14:28 - A | A

Quinta-feira, 30 de Agosto de 2018, 14h:28 - A | A

R$ 40 Milhões

Advogado de Várzea Grande é preso suspeito de integrar organização criminosa de roubo de cargas

Adriana Assunção/VG Notícias

Montagem VG Notícias

Adão

 

O advogado de Várzea Grande, Adão Noel Mazaetto, foi preso durante “Operação Zayn”, deflagrada pela Polícia Civil de Goiás (PCGO) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), na manhã desta quinta-feira (30.08). O advogado é um dos alvos, suspeitos de integrar uma organização que roubou R$ 40 milhões em veículos e cargas em cinco Estados (Goiás, São Paulo, Mato Grosso, Pará e Rondônia).

A prisão do advogado foi confirmada pelo presidente da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Mato Grosso (OAB/MT), Leonardo Campos. “A Ordem foi comunicada para acompanhar a prisão e acompanhamos”, disse Leonardo Campos ao oticias.

Ao todo, a operação conjunta resultou no cumprimento de 97 medidas cautelares, sendo 35 mandados de prisão e 62 mandados de busca e apreensão. Durante os trabalhos, 20 pessoas foram presas, 26 veículos de cargas foram aprendidos e recuperados, e mais de 60 veículos foram identificadas com suspeita de fraude veicular.

Segundo as investigações, foram mais de 80 roubos praticados pela organização criminosa, responsável por diversos crimes como: sequestros; furtos e roubos de carga; adulteração veicular; falsificação de documentos; fraude em sistemas de informática de DETRANs e enriquecimento ilícito.

A organização criminosa era composta por núcleos em diferentes Estados e diferentes funções, contava com divisões logísticas, motoristas profissionais e criminosos armados. Nove empresas foram identificadas como parte do grupo.

Forma de agir - Conforme a PRF, os criminosos utilizavam se de “iscas” (jovens mulheres de boa aparência), posicionadas de forma às margens da rodovia para atrair caminhoneiros, que, ao pararem para oferecer carona, eram surpreendidos por criminosos armados e levados ao cativeiro. Enquanto o motorista era mantido em cárcere, tanto a carga como os veículos eram negociados com receptadores e outros integrantes da organização. Já com o veículo vazio, efetuavam adulterações nas quais modificavam os identificadores veiculares (como chassis e números de motor). O grupo criminoso conseguia inserir nos sistemas de trânsito dos DETRANs os dados falsos, criando um veículo novo a partir de um roubado, podendo negociá-los como “veículos de boa procedência”.

Estratégia dos criminosos - Com uso de caminhões previamente adulterados, ofertar fretes para empresários que, acreditando-se tratar de pessoas honestas, carregavam suas cargas. Os criminosos, então, simplesmente desviavam as cargas, lucrando com o prejuízo da coletividade.

A operação envolveu 150 Policiais Civis, incluindo delegados, escrivães e agentes; 200 Policiais Rodoviários Federais; 85 Viaturas; uma aeronave de asa fixa (transbordo de presos entre PA e GO). O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público de Goiás apoiou os trabalhos.

A operação foi intitulada “ZAYN” em referência ao nome de origem árabe, que significa “perfeição”, “graciosidade”.

 

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