O delegado da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Ricardo Franco, em entrevista à imprensa na manhã desta segunda-feira (14.08), afirmou que após provas técnicas colhidas na residência do ex-policial militar, Almir Monteiro dos Reis, tudo indica que Cristiane Castrillon da Fonseca Tirloni, foi morta durante o ato sexual, por não ter consentido algo ao suspeito que queria o poder naquele momento. Nos exames foram constatadas lesões na face, múltiplas fraturas no crânio, além de violência sexual.
A advogada foi espancada e asfixiada até a morte e posteriormente teve seu corpo abandonado dentro de um veículo Jeep no Parque das Águas, nesse domingo (13.08).
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De acordo com o delegado, foi lavrado o flagrante delito por feminicídio, gravíssimo, além de outras qualificadoras que também estarão nos autos. Segundo Ricardo, o ex-policial também irá responder por fraude processual, uma vez que mudou a cena do crime.
Franco disse que quando a equipe da DHPP chegou à residência do suspeito, ele já havia limpado a casa, e que o edredom e travesseiro estavam na máquina sendo lavados. No entanto, o delegado ressaltou que mesmo assim a perícia criminalística com o luminol conseguiu rastrear o sangue na cama, nos móveis, onde a advogada deve ter batido com a cabeça.
Para o delegado, Cristiane foi morta na madrugada de sábado (12) para domingo (13), mas seu corpo só foi abandonado dentro do veículo, no banco do passageiro, usando óculos escuro, no domingo (13), depois que o suspeito limpou a cena do crime.
Questionado como Cristiane e Almir Monteiro se conheceram, Ricardo explicou que eles se conheceram no Bar Edgare, próximo à Arena Pantanal, onde a advogada estava com familiares, e por volta da meia-noite, os primos foram embora, e ela ficou com o suspeito.
No carro da vítima, o casal foi para a residência do suspeito. As câmeras de segurança mostraram Almir Monteiro saindo no domingo (13) conduzindo o veículo da advogada e ela no banco do passageiro (já sem vida).
O corpo só foi encontrado após familiares ficarem preocupados com a falta de notícia da advogada. O irmão da vítima então rastreou o celular e chegou ao Parque das Águas. Cristiane chegou a ser levada para um hospital particular da Capital, mas já chegou sem sinais vitais.
Indagado se o ex-policial militar Almir Monteiro dos Reis, confessou o crime, Ricardo disse que várias vezes ele entrou em contradição, mas as provas eram contundentes. Ele disse que teria deixado Cristiane no Parque Mãe Bonifácio, depois disso deixou no Parque das Águas ela ainda viva, entre outras versões.
Mas já na delegacia, ele ficou em silêncio. Almir tem antecedentes criminais como roubo e outras passagens. Ele foi expulso da Corporação da Polícia Militar pelos atos ilícitos.
A Ordem dos Advogados - Seccional Várzea Grande (OAB/VG) emitiu uma nota lamentando o ocorrido.
NOTA DE PESAR
A Ordem dos Advogados do Brasil - Subseção Várzea Grande (OAB/VG) manifesta profundo pesar pelo trágico falecimento da advogada Cristiane Castrillon da Fonseca, de 48 anos. Cristiane teve sua vida brutalmente ceifada no último domingo, 13 de agosto, no Parque das Águas, em Cuiabá, vítima de um ato de violência que nos choca e entristece profundamente.
Moradora de Várzea Grande, Cristiane deixa um legado de contribuições para a comunidade jurídica e para a sociedade em geral. Sua partida deixa um vazio irreparável em nossos corações e em nossa classe.
Neste momento de luto, nossos pensamentos estão com a família e amigos de Cristiane, a quem expressamos nossas mais sinceras condolências. Que encontrem força e conforto para enfrentar esta terrível perda.
"Estamos consternados com a partida prematura de Cristiane Castrillon da Fonseca. Repudiamos veementemente qualquer ato de violência e esperamos que as autoridades apurem os fatos para que a justiça seja feita", destaca o presidente da OAB/VG, Rodrigo Araújo.
Diante deste triste acontecimento, reforçamos nosso compromisso com a busca por justiça e segurança para todos os profissionais da advocacia e para a sociedade como um todo.
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