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Polícia Segunda-feira, 14 de Janeiro de 2019, 17:13 - A | A

Segunda-feira, 14 de Janeiro de 2019, 17h:13 - A | A

Crueldade

Acusado de participar de chacina que matou nove em MT é preso durante blitz em São Paulo

Redação/VG Notícias

Reprodução

Sula

 

Ronaldo Dalmoneck, conhecido como ‘Sula’, um dos quatro acusados de participação na chacina ocorrida em abril de 2017, em Colniza a (1.065 km de Cuiabá), foi preso no último sábado (12.01), durante uma blitz da Polícia Rodoviária Paulista, em Ibiúna (SP).

Ronaldo foi parado pela polícia rodoviária em uma blitz de rotina. Devido seu nervosismo, os policiais puxaram sua ficha no sistema e encontraram o mandado de prisão. Sula foi levado para a delegacia de Ibiúna.

Ele está no Centro de Detenção Provisória de Sorocaba (SP) e  deve ser transferido para Mato Grosso. A Secretaria de Segurança Pública de Mato Grosso informou que não tem data para a transferência.

O acusado foi denunciado pelo Ministério Público de Mato Grosso (MPE), por homicídio triplamente qualificado (mediante paga, tortura e emboscada). Ele participou da chacina que resultou na morte de nove trabalhadores rurais, no dia 19 de abril de 2017, na Linha 15, na localidade de Taquaruçu do Norte, no município de Colniza.

Dos cinco denunciados pelo Ministério Público Estadual, apenas dois estão presos. De acordo com a polícia, a chacina foi motivada por disputa de extração de madeira e o uso de recursos naturais da região.

O madeireiro Valdelir João de Souza, 41 anos, é acusado de ter contratado outros quatro homens para matar trabalhadores na zona rural. Ele também está foragido.

Consta da denúncia do MPE que no dia da chacina, Ronaldo, junto com outros três acusados, a mando de Valdelir, teriam seguido até a Linha 15 - onde ocorreu a chacina - e, com o uso de armas de fogo e arma branca, executaram Francisco Chaves da Silva, 56, Edson Alves Antunes, 32, Izaul Brito dos Santos, 50, Aldo Aparecido Carlini, 50, Sebastião Ferreira de Souza, 57, Fábio Rodrigues dos Santos, 37, Samuel Antonio da Cunha, 23, Ezequias Santos de Oliveira, 26, e Valmir Rangel do Nascimento, de 55 anos.

Com a morte das vítimas, a intenção do mandante era assustar os moradores e expulsá-los das terras, para que ele pudesse, futuramente, ocupá-las. No dia do atentado, os denunciados foram reconhecidos pelas testemunhas.

Segundo o MP, o grupo de extermínio percorreu aproximadamente 9 km ao longo da Linha 15, assassinando, com requintes de crueldade, aqueles que encontraram pelo caminho, sem dar chance de fuga ou defesa.

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