Em entrevista ao programa Resumo do Dia, na noite desta quinta-feira (11.09) o ex-presidente da Secretaria Extraordinária da Copa (Secopa), Eder Moraes, preso na 5ª fase da operação Ararath, afirmou que sua prisão foi muito dolorosa. “Machucou muito”, contou.
Segundo ele, nos 81 dias presos, ele passou fome e foi injustiçado. “Chegaram às 6 horas da manhã em minha casa, invadiram o quarto dos meus filhos com arma em punho. Fui levado a Polícia Federal, e esperaram até às 18 horas para me levarem ao Aeroporto, para que todos soubessem o que estava acontecendo. Tanto que dois homens foram soltando fogos de artifício”, desabafou Eder.
“Fiquei preso em um cubículo, sem vazo sanitário e com um chuveiro com água gelada. Passamos frio e fome. Durante a prisão emagreci 14 kg devido a uma má alimentação. Comíamos pela manhã um pão seco, com um todynho. Às 11 horas comíamos uma marmita, que era uma verdadeira lavagem. Uma linguiça sem gosto. Uma verdadeira indecência”.
Ainda de acordo com Eder, em Cuiabá, dividiu a cela com o ex-secretário de saúde, Pedro Henry. “Foi um prazer e honra conviver com ele”, declarou.
Questionado sobre responsabilizar alguém sobre sua prisão, Moraes garante que não pode responsabilizar ninguém. Mas que há grandes equívocos nesta operação. “Há falhas absurdas. Fui preso injustamente. Fui preso porque dizem que o Eder tem influência em Mato Grosso e pode mover montanhas e atrapalhar as ações. Brincaram com a liberdade de um cidadão honesto”, reclamou.
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