A Energisa fecha 2022 com um recorde anual de investimento em Mato Grosso. Foram aplicados R$ 920 milhões entre janeiro e dezembro no Estado. Segundo a companhia, grande parte dos recursos foi empregada na melhoria da qualidade do serviço prestado e na expansão da capacidade de distribuição da rede, acompanhando o crescimento socioeconômico no campo e na cidade.
No Noroeste do Estado foram investidos, por exemplo, R$ 100 milhões. A obra modernizou o sistema elétrico da região, com a construção e ampliação da capacidade de três subestações e a implantação de uma linha de distribuição com mais de 260 quilômetros para ligar Aripuanã à Colniza. Além disso, foi desativada a última térmica do Estado, que abastecia Guariba, interligando o distrito de Colniza ao sistema nacional. Só essa obra vai evitar a emissão de mais de cinco mil toneladas de CO2 por ano na região amazônica. É como se 20 mil veículos deixassem de rodar a cada doze meses.
Obras em todos os cantos, até os mais distantes
Até parece uma realidade distante, mas quando a Energisa chegou ao estado há menos de dez anos, mais de 20 mil famílias não tinham energia. Desde então foram aplicados em Mato Grosso, R$ 5,5 bilhões. Na prática todo esse investimento garante mais luz na vida das pessoas - da escola ao hospital, do comércio à casa, do pequeno negócio à grande indústria. Nos últimos três meses, mesmo com a entrada de tempestades no Estado, houve redução de 31% na duração equivalente de interrupção de energia para o consumidor (DEC), índice que é acompanhado e fiscalizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
E onde as redes convencionais não chegam, entram as tecnologias de menor impacto ambiental e social. É o caso das placas solares e baterias que fornecem luz dia e noite e estão sendo instaladas em regiões remotas de Mato Grosso. Mais de 400 famílias já foram atendidas neste ano e outras mil ainda serão beneficiadas. O trabalho faz parte do programa federal Mais Luz para Amazônia, desenvolvido pela Energisa e Ministério de Minas e Energia. No Estado, foram investidos R$ 16,5 milhões.
Iluminando o Pantanal
O primeiro a receber o kit com placas solares e baterias no Pantanal mato-grossense foi o morador de Poconé, Paulo Rogério da Silva. O ribeirinho só ligava o gerador a cada dois dias por três horas, por causa do alto custo do diesel. “Para deixar a geladeira ligada a noite toda, eu gastaria de 20 a 30 litros de diesel, que eu pagava R$ 7 o litro. Então, ficaria muito caro para mim”, conta.
O acesso à energia é fundamental para ações do cotidiano e para atividades mais complexas, como o monitoramento dos focos de calor no Pantanal. Com a instalação das placas solares feita pela Energisa, os brigadistas do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) passaram a acompanhar o sistema em tempo real. “Assim, é possível enviar a equipe mais rápido para combater o fogo. Por isso, a gente só tem a agradecer por esse sistema”, conta a agente administrativa do ICMBio Zilma Pereira Silva de Oliveira.
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