A Operação Gota D'Água, deflagrada pela Delegacia Especializada de Combate à Corrupção em Várzea Grande, foi um ponto de virada significativo na disputa eleitoral da cidade industrial. A ação ocorreu um dia antes do início do período em que prisões de candidatos são proibidas, o que gerou grande repercussão.
Apesar de a denúncia contra o esquema de corrupção ter sido originada pela própria Prefeitura de Várzea Grande, o discurso oficial não convenceu a população. Ao contrário, houve uma clara tendência de voto de protesto, com muitos eleitores optando pela oposição.
Uma pesquisa realizada pelo Instituto Mais, dias após a operação da Polícia Civil, mostrou que o atual prefeito e candidato à reeleição, Kalil Baracat (MDB), sofreu uma queda de cinco pontos percentuais nas intenções de voto em comparação à pesquisa anterior. Esse declínio indicou um desgaste progressivo da imagem do prefeito, especialmente devido à crise envolvendo o abastecimento de água no município.
O vereador Pablo Pereira, do União Brasil, que anteriormente era visto como um dos favoritos com 0,3% das intenções de voto, também enfrentou um forte revés. Após a operação, sua popularidade despencou, se posicionando como penúltimo entre os candidatos mais lembrados na última pesquisa antes da eleição. Esses números reforçaram o impacto da investigação no cenário político e nas escolhas dos eleitores.
Pablo foi preso durante a operação, acusado de ser o "braço político" de um esquema de cobrança de propina no Departamento de Água e Esgoto de Várzea Grande (DAE-VG).
Entre no grupo do VGNotícias no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).