Segundo fontes do portal , a operação deflagrada nesta sexta-feira (20.09) pela Delegacia de Combate à Corrupção (Deccor) no Departamento de Água e Esgoto de Várzea Grande (DAE/VG) pode ser apenas a "ponta do iceberg". As investigações poderão se estender aos contratos de caminhões-pipa, denunciados pelo deputado Júlio Campos (UB).
A denúncia feita por Júlio Campos veio à tona durante a cerimônia de inauguração da Estação de Tratamento de Água (ETA) Barra do Pari, localizada no bairro Chapéu do Sol, em fevereiro deste ano. Segundo o deputado, diversos moradores o procuraram, relatando a existência de um alegado esquema fraudulento envolvendo funcionários do Departamento de Água e Esgoto (DAE) de Várzea Grande e proprietários de caminhões-pipa.
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Há indícios de que funcionários do Departamento de Água e Esgoto (DAE) estariam recebendo propina de empresas de caminhões-pipa, fechando pontos de distribuição de água para forçar a população a adquirir água desses veículos. Esse seria um dos motivos pelos quais, mesmo com a ampliação das Estações de Tratamento de Água (ETA) no município, a população continua sofrendo com a constante falta de abastecimento.
Eles me informaram que a estação não solucionará o problema enquanto o esquema com os caminhões-pipa persistir na cidade. Segundo relataram, os proprietários de caminhões-pipa convenceram certos funcionários do DAE a liberar apenas uma quantidade limitada de água, causando falta de abastecimento nos bairros e permitindo que esses empresários comercializem a água', revelou o parlamentar.
O deputado esclareceu, naquela oportunidade, que o caso já era de conhecimento público e que, inclusive, o prefeito Kalil Baracat estava ciente do suposto esquema. 'O prefeito está informado sobre a existência de uma quadrilha em Várzea Grande que opera contra sua gestão. Eles se posicionam como adversários do nosso grupo político', destacou.
Na época, o prefeito foi questionado e respondeu: 'Sem provas, não tem como fazer acusação', comentou o prefeito de Várzea Grande, Kalil Baracat (MDB), em relação às acusações do deputado estadual Júlio Campos (União) sobre o suposto esquema envolvendo funcionários do Departamento de Água e Esgoto (DAE) de Várzea Grande e proprietários de caminhões-pipa.
Com a revelação do esquema no DAE, é possível que o prefeito adote uma postura diferente e reveja os contratos e o sistema de contratação de funcionários no órgão, evitando interferências de vereadores. Comentários que circulam nas imediações do Paço Couto Magalhães indicam que alguns vereadores mantêm relações próximas com donos de caminhões-pipa, uma prática que vem desde gestões anteriores. Com a operação de hoje, é aconselhável que as pessoas envolvidas nessas práticas se mantenham cautelosas, pois a próxima ação pode alcançá-las.
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