No plenário da Câmara dos Deputados, uma cena lamentável e emblemática se desenrolou diante dos olhos do povo brasileiro. Enquanto muitos discursos inflamados ecoam pelos corredores do Congresso Nacional clamando por punições mais severas para criminosos, a realidade nua e crua se apresenta quando os próprios legisladores protegem aqueles que ordenam assassinatos.
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Na votação realizada nesta quarta-feira (10/04), a prisão do deputado federal Chiquinho Brazão, acusado de ser o mandante do brutal assassinato da vereadora Marielle Franco, foi mantida. Entretanto, o que choca e indigna é que deputados bolsonaristas de Mato Grosso, Abílio Brunini, Amália Barros, Coronel Fernanda, José Medeiros e Coronel Assis, votaram contra a prisão do mandante desse hediondo crime.
Essa atitude levanta questionamentos sobre a verdadeira índole desses legisladores, que se apresentam publicamente como defensores da justiça e da segurança pública, mas na prática agem em benefício da impunidade dos poderosos. Como podem esses parlamentares, que defendem penas mais duras para criminosos comuns, virar as costas para a prisão de um mandante de assassinato, especialmente de uma figura pública como Marielle Franco, que dedicava sua vida à luta pelos direitos humanos e sociais?
A hipocrisia desses deputados não pode passar despercebida. Enquanto fazem discursos inflamados contra a criminalidade, na prática, agem para proteger os interesses de uma elite corrupta que se sente acima da lei. É um insulto à memória de Marielle Franco e a todas as vítimas da violência e da injustiça no Brasil. A sociedade brasileira não pode aceitar esse tipo de comportamento dos seus representantes eleitos.
É preciso cobrar transparência, ética e responsabilidade daqueles que ocupam cargos públicos e que têm o dever moral e legal de defender o interesse coletivo. Os eleitores devem se lembrar desses votos na próxima eleição e exigir prestação de contas desses parlamentares, pois a justiça e a dignidade das vítimas não podem ser sacrificadas em nome de interesses políticos mesquinhos.
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