O governo publicou nesta sexta-feira (1º) no "Diário Oficial da União" a portaria que aumenta a mistura do etanol na gasolina dos atuais 20% para 25%. A medida entra em vigor no dia 1º de maio e "considerando a necessidade de assegurar o abastecimento adequado de combustíveis em todo o território brasileiro".
No final de janeiro, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão havia dito que o governo anteciparia, de 1º de junho para 1º de maio, a elevação do percentual do combustível.
De acordo com o ministro, à época, o governo esperava que a medida levaria a uma pequena redução no preço da gasolina, que no dia 30 de janeiro sofreu reajuste de 6,6% nas distribuidoras – de acodo com o governo, para os consumidores a alta ficou em torno de 4%.
Questionado se as usinas seriam capazes de elevar a produção do etanol para dar conta da demanda com a elevação da mistura, Lobão disse que os produtores "garantiram de mãos juntas" que isso será feito.
"Se não der conta, nós teríamos que ampliar o prazo para primeiro de junho, e não maio. Mas o setor garante que vai produzir cerca de 26 a 27 bilhões de litros de etanol [na atual safra]", disse o ministro na ocasião. Segundo ele, na safra passada foram produzidos 22 bilhões de litros.
No ano passado, o governo reduziu a mistura depois que o preço do etanol sofreu sucessivos aumentos, provocados por produção abaixo da demanda. A redução foi feita porque os aumentos estavam impactando no preço da gasolina.
No final de janeiro, Lobão disse que o governo estudava novas medidas para incentivar os produtores de etanol, mas não informou quais são elas. No ano passado, foi aberta uma linha de financiamento para o setor, no valor de R$ 4 bilhões. De acordo com o ministro, desse total foram emprestados R$ 2,7 bilhões. Entretanto, disse ele, o setor investiu R$ 7,5 bilhões, sendo a maior parte em recursos próprios.