O Ministério Público Federal em Goiás (MPF/GO) obteve na Justiça, medida liminar para suspender a atuação das empresas do grupo BBom Elite, proibindo todas as atividades no país. A empresa não pode realizar novos cadastros de divulgadores, efetuar pagamentos aos divulgadores e está proibida de comercializar e ofertar rastreadores.
O “esquema BBom” foi suspenso judicialmente na semana passada e teve bens bloqueados como 100 veículos, alguns de alto luxo – como Ferrari, Lamborghini e Mercedes, além de R$ 300 milhões em contas bancárias do grupo. A empresa é acusada de praticar pirâmide financeira.
“O nosso objetivo é evitar novas vítimas. O consumidor precisa ficar atento, principalmente com a proliferação desses esquemas com a ajuda da Internet e das redes socais, bem como dessas promessas de ganho de muito dinheiro sem ter que vender um produto ou serviço real. Já em relação às pessoas que estão no esquema, os bloqueios dos bens servirão para reaver o máximo possível do dinheiro investido”, explicou a procuradora da República, Mariane Guimarães.
Segundo o MPF, no sistema adotado pela BBom, "os interessados associavam-se mediante o pagamento de uma taxa de cadastro (R$ 60,00) e de um valor de adesão que variava dependendo do plano escolhido, obrigando-se a atrair novos associados e a pagar uma taxa mensal obrigatória no valor de R$ 80,00 pelo prazo de 36 meses. O mecanismo de bonificação aos associados era calculado sobre as adesões de novos participantes. Quanto mais gente era trazida para a rede, maior era a premiação prometida".
Além disso, a justiça determinou que o grupo disponibilizasse no portal na internet uma mensagem comunicando aos internautas sobre a decisão judicial.
“Por ordem da Justiça Federal, a BBom está impedida de receber a adesão de novos associados, seja através de seus sites, seja através dos sites de seus associados, bem como de receber as mensalidades cobradas dos associados já admitidos no sistema" diz a recomendação da justiça para o comunicado.