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Nacional Sexta-feira, 31 de Agosto de 2012, 08:42 - A | A

Sexta-feira, 31 de Agosto de 2012, 08h:42 - A | A

Brasil agora é modelo na preparação da Copa

Jérôme Valcke, da FIFA, que antes pregava "Chute no traseiro" do país, afirma que o ritmo é de cruzeiro na construção das arenas; Apenas Recife preocupa

Reuters

 

O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, disse que o Brasil entrou numa velocidade "de cruzeiro" na sua preparação para a Copa das Confederações em 2013 e para o Mundial de 2014, embora tenha alertado que ainda há dificuldades a serem superadas.

"(Na preparação) sempre há problemas, mas eles foram ultrapassados e agora estamos em ritmo de cruzeiro para as Copas de 2013 e 2014", afirmou Valcke a jornalistas nesta quinta-feira no Rio de Janeiro.

Valcke veio ao Brasil esta semana para acompanhar o andamento das arenas de Manaus e Cuiabá. Ele disse que ficou satisfeito com o que viu.

"O que foi dito é que não há nenhum único estádio em vermelho para a Copa ou em zona crítica, mas isso pode mudar a qualquer momento", avaliou o dirigente da Fifa.

A maior dor de cabeça do Comitê Organizador Local de 2014 (COL) e da Fifa é o ritmo do estádio de Recife, que está previamente selecionado para a Copa das Confederações, no ano que vem.

Cerca de 50 por cento das obras estão concluídas e a participação da arena em 2013 ainda precisa ser confirmada. A decisão será tomada na primeira semana de novembro, após vistoria no fim de outubro.

"Como vocês sabem, ainda temos que monitorar Recife para a Copa das Confederações...Não tem problema (de Recife com a Fifa), o estádio tem que estar pronto. Se quiser vender ingresso para os jogos em 2013, tem que saber quantos assentos, que lugares que a mídia poderá usar, bem como árbitros", disse.

"O problema é estar pronto na hora certa. É para ter certeza que vão entregar os compromissos assumidos para a Copa das Confederações", completou.

O presidente do COL e da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), José Maria Marin, demonstrou otimismo com a inclusão de Recife na Copa das Confederações.

"Acompanhamos atentamente e conversamos com o governador Eduardo Campos, triplicaram funcionários e não tenho dúvida que vão cumprir os prazos fixados. No momento certo todas as obras estarão concluídas", declarou.

"ÚNICA VOZ"

Ao contrário de visitas anteriores, o clima entre Fifa, COL e governo foi mais amistoso desta vez, com direito a troca de elogios. Valcke até ensaiou durante a entrevista um alerta maior sobre o andamento das obras, mas preferiu o discurso conciliador.

"Estamos bem encaminhados; é claro que há dificuldade (na preparação), mas é normal 20 meses antes do evento. Sempre é assim em toda Copa, mas o que é positivo é que não há diferença nas análises na Fifa, COL e governo federal", afirmou Valcke, que se recusou a entrar em detalhes sobre onde estariam as maiores pendências.

O secretário-geral já fez duras críticas ao andamento das obras no Brasil. Em março, ele chegou a afirmar que o país precisava de um "chute no traseiro" para avançar nos preparativos da Copa, o que gerou atrito com o governo e pedidos de desculpas por parte da Fifa.

"Em primeiro lugar, para evitar esse tipo de situação (críticas da Europa), decidimos ter uma única voz, seja o que o governo fizer, Fifa e COL vamos compartilhar informações, nível de preparação", disse.

O dirigente anunciou ainda que as visitas da Fifa ao Brasil serão encurtadas de 2 em 2 meses para a cada 6 semanas. As próximas vistorias serão feitas nas arenas do Rio e de Belo Horizonte, que serão usadas na Copa das Confederações.

OBRAS ESSENCIAIS

Na mesma entrevista, o secretário executivo do Ministério do Esporte, Luís Fernandes, sinalizou com a possibilidade de algumas obras fomentadas pelos grandes eventos -- Copa das Confederações, Copa do Mundo e Olimpíadas de 2016 -- serem retiradas da matriz de responsabilidade do governo. Apenas as essenciais estão garantidas, segundo ele.

"No caso de Copa e Jogos de 2016 há oportunidades para alavancar a infraestrutura do país. Algumas são essenciais para os eventos e outras são aproveitamento da Copa e Olimpíada para o desenvolvimento", afirmou.

"À medida que fazemos o balanço, ampliamos ou restringimos as obras, mas todas as obras críticas e essenciais temos plena certeza que estarão prontas", finalizou ele, lembrando que o próximo balanço sairá em outubro.

Neste mês, o Tribunal de Contas da União (TCU) alertou que os desembolsos da Caixa Econômica Federal, principal agente financiador do avanço mobilidade urbana nas cidades, estão num ritmo lento e que muitas obras não ficariam prontas a tempo dos grandes eventos.

Levantamento das obras da Copa do Mundo divulgado pelo governo federal no final de maio mostrou que quase 41 por cento ainda não saíram do papel. A maior parte dos atrasos está concentrada nas obras de mobilidade urbana.

 

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