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Nacional Segunda-feira, 03 de Setembro de 2012, 13:08 - A | A

Segunda-feira, 03 de Setembro de 2012, 13h:08 - A | A

Após 110 dias, professores mantêm greve e sindicato reavaliará estratégia

Andes quer que assembleias definam até quinta-feira se suspendem greve. Governo diz que negociações estão encerradas desde início de agosto.

G1

 

O Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino (Andes) divulgou nesta segunda-feira (3) um comunicado anunciando a manutenção da greve de professores das universidades federais, que já dura 110 dias.  No entanto, o sindicato avalia que a a situação para a reabertura das negociações ficou mais difícil e pede para que novas assembleias gerais sejam feitas até quinta-feira (6) para definir uma decisão unificada de continuidade ou não da greve.

No documento de sete páginas, o Andes destaca que a maioria das assembleias realizadas nas universidades realizadas na semana passada votou pela continuidade da greve mesmo após o término do prazo para um acordo dado pelo governo federal.

"O Comando Nacional de Greve reafirma a continuidade da greve e a necessidade de avaliação do movimento e da correlação de forças necessária aos enfrentamentos que se impõem, produzindo encaminhamentos e agenda de trabalho. Outrossim, pautar, nas próximas assembleias, a discussão dos horizontes da greve e o debate sobre a suspensão unificada da greve nacional dos docentes", diz a nota.

O Andes pede para que as assembleias de professores das universidades e institutos federais avaliem: a continuidade da greve; se a decisão for pela suspensão do movimento, definir quando as aulas serão retomadas; analisar o projeto de lei enviado ao Congresso Nacional para a reestruturação da carreira docente (PL4368/2012) e propor elementos para definição das estratégias de ação frente à sua tramitação; insistir no pedido de audiência com o Ministro de Educação; manter a realização de atos públicos pela reabertura de negociação; estabelecer estratégias junto aos sindicatos de servidores (Sinasefe e Fasubra); e unificar a participação dos comandos de greves locais.

Histórico da greve

A greve começou no dia 17 de maio. Chegou a ter adesão em 56 das 59 universidades federais. Atualmente atinge 48 universidades e 32 institutos tecnológicos. Professores de oito universidades que tinham aderido ao movimento saíram da greve: UFRJ, UFSCar, UFC, Unilab, UnB, UFRGS, Unifesp (Guarulhos) e UFSC.

O Ministério da Educação diz que as negociações com os professores estão encerradas desde 3 de agosto, quando a Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes) assinou o acordo com o governo. O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, quer a reposição integral das aulas interrompidas pela greve dos professores nas instituições federais de ensino superior.

No dia 23 de agosto, o Andes protocolou uma contraproposta ao governo federal sobre a reestruturação da carreira docente. No documento, o Andes afirma que aceita o piso salarial proposto pelo Ministério do Planejamento de R$ 2.018,77 para professores em início de carreira e regime de trabalho de 20 horas semanais e reduz de 5% para 4% os degraus entre níveis remuneratórios.

Pela contraproposta do sindicato, o reajuste seria maior que o proposto pelo governo para professores em regime de 40 horas semanais, mas o teto salarial do professor com doutorado e regime de 20 horas semanais ou dedicação exclusiva com a universidade seria apenas um pouco mais alto (veja tabela ao lado).

O Andes considera ainda uma estrutura da carreira com 13 níveis, enquanto a proposta final do governo divide os níveis em cinco classes, incluindo a de professor titular, onde só existe um nível. O MEC afirmou que a proposta feita pelo Andes "defende um investimento superior a R$ 10 bilhões e o fim da titulação como critério de progressão". O acordo do governo com o Proifes, segundo o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, tem impacto de R$ 4,3 bilhões.

VEJA AS INSTITUIÇÕES FEDERAIS QUE TÊM GREVE DE PROFESSORES

Acre

Universidade Federal do Acre (UFAC)

 

Alagoas

Universidade Federal de Alagoas (Ufal)

Amapá

Universidade Federal do Amapá (Unifap)

Amazonas

Universidade Federal do Amazonas (Ufam)

Instituto Federal do Amazonas (Ifam)

 

Bahia

Universidade Federal da Bahia (UFBA)

Universidade do Vale do São Francisco (Univasf)

Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRV)

Instituto Federal da Bahia (IFBA)

Instituto Federal Baiano (IF Baiano)

 

Ceará

Instituto Federal do Ceará (IFCE)

 

Distrito Federal

Instituto Federal de Brasília (IFB)

Espírito Santo

Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes)

Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes)

Goiás

Universidade Federal de Goiás (UFG) - Catalão e Jataí

Instituto Federal de Goiás (IFG)

Maranhão

Universidade Federal do Maranhão (UFMA)

Mato Grosso

Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT)

Instituto Federal do Mato Grosso (IFMT)

Mato Grosso do Sul

Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)

Universidade Federal de Grande Dourados (UFGD)

Instituto Federal do Mato Grosso do Sul (IFMS)

Minas Gerais

Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Universidade Federal de Alfenas (Unifal)

Universidade Federal dos Vales Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)

Universidade Federal de Viçosa (UFV)

Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM)

Universidade Federal de Uberlândia (UFU)

Universidade Federal de Lavras (Ufla)

Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop)

Universidade Federal de São João Del Rey (UFSJ)

Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG)

Instituto Federal do Norte de Minas Gerais (IFNMG)

Instituto Federal do Triângulo Mineiro (IFTM)

Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG)

Pará

Universidade Federal do  Pará (UFPA)

Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa)

Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra)

Instituto Federal do Pará (IFPA)

 

Paraíba

Universidade Federal da Paraíba (UFPB)

Universidade Federal de Campina Grandfe (UFCG)

Instituto Federal da Paraíba (IFPB)

 

Paraná

Universidade Federal do Paraná (UFPR)

Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR)

 

Pernambuco

Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)

Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE)

Universidade do Vale do São Francisco (Univasf) - Petrolina

Instituto Federal de Pernambuco (IFPE)

Instituto Federal do Sertão de Pernambuco (IF Sertão PE)

 

Piauí

Universidade Federal do Piauí (UFPI) - São Raimundo Nonato

Universidade do Vale do São Francisco (Univasf)

Instituto Federal do Piauí (IFPI)

 

Rio de Janeiro

Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio)

Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)

Universidade Federal Fluminense (UFF)

Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ)

Instituto Federal Fluminense (IFF)

Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet-RJ)

Colégio Pedro II

Rio Grande do Norte

Universidade Federal do Semi-Árido (Ufersa) - Mossoró

Rio Grande do Sul

Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)

Universidade Federal do Rio Grande (FURG)

Universidade Federal de Peloras (UFPel)

Universidade Federal do Pampa (Unipampa)

Instituto Federal Farroupilha (IFF)

Instituto Federal Sul-Riograndense (IFSUL)

 

Rondônia

Universidade Federal de Rondônia (Unir)

Instituto Federal de Rondônia (IFRO)

Roraima

Universidade Federal de Roraima (UFRR)

Santa Catarina

Universidade Federal da Fronteira do Sul (UFFS)

 

São Paulo

Universidade Federal do ABC (UFABC)

Instituto Federal de São Paulo (IFSP)

 

Sergipe

Universidade Federal do Sergipe (UFS)

Instituto Federal do Sergipe (IFSE)

 

Tocantins

Universidade Federal do Tocantins (UFT)

Instituto Federal do Tocantins (IFTO)

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Marcos Negretti 03/09/2012

Fraquejar Agora seria confessar a ilegalidade, afinal não conseguiram nada de concreto nessa greve. O s professores devem manter a paralisação, mesmo que dure mais de ano. Mudem sim a estratégia, endureçam, mostrem força, envolvam a comunidade internacional, divulguem o que é o governo do BRASIL, onde a corrupção assola os cofres públicos; onde mensaleiros saqueiam e são tratados como reis; onde ascensorista de elevador ganha mais que professor, onde vereador semianalfabeto ganha até dez vezes que professor, onde deputados e senadores aumentam seus próprios salários sem qualquer respeito aos contribuintes; onde escândalos de desvio de verba publica é uma constante; onde a impunidade atinge diretamente os mais corruptos; onde “cachoeiras” esgotam cofres públicos; e a as instituições de ensino mendigam um aumento salarial, mais do que justo.

 

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1 comentários

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