A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) criticou duramente a sessão solene, realizado nessa quarta-feira (28.02), em homenagem aos 40 anos do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) na Câmara dos Deputados.
Por meio de suas redes sociais, o FPA afirmou que a homenagem ao MST é "completamente sem propósito". Segundo a entidade, atualmente no país há mais de 140 milhões de hectares de terras públicas que poderiam ser utilizadas para a reforma agrária, mas que o “MST prefere invadir terras privadas e produtivas, cometendo os mais diversos crimes”.
O ex-ministro do Meio Ambiente, deputado federal Ricardo Salles (PL-SP), que foi relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigou o MST, disse que o movimento “é algo maléfico para toda a população e que durante a CPI, foi evidenciado os crimes ao direito de propriedade e a insegurança aos produtores".
“De onde veio a democracia desses que vieram se unir ao MST? O que estamos comemorando hoje?", indagou o parlamentar.
A deputada federal Bia Kicis (PL-DF), disse que vai protocolar nota repúdio na Câmara contra a homenagem ao MST: “Vamos protocolar uma nota de repúdio a esse evento para mostrar a força dos que defendem quem produz alimento e quem respeita o direito de propriedade, que deveria ser garantida a toda a população”.
Já o deputado Rodolfo Nogueira (PL-MS) declarou que os líderes do MST “vivem em mansões luxuosas”, enquanto que os demais integrantes “não tem como sobreviver”. “Participei da CPI e pude ver fazendas destruídas e o povo do movimento em condições sub-humanas. Os dirigentes vivem em mansões luxuosas, enquanto o resto não tem como sobreviver. Essa homenagem é uma vergonha”.
COLETIVA DE IMPRENSA | INVASÃO É CRIME: CONTRA A SESSÃO SOLENE EM HOMENAGEM AO MST NA CÂMARA https://t.co/WSqrIGpjXK
— Frente Parlamentar da Agropecuária (@fpagropecuaria) February 28, 2024
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