O meia Montillo, enfim, assinou contrato de três anos com o Santos e foi apresentado como principal reforço do clube para a temporada, nesta segunda-feira, na Vila Belmiro. Antes de o jogador conversar com os jornalistas, ele e o vice-presidente Odílio Rodrigues reconheceram a dificuldade da negociação para tirar o atleta do Cruzeiro, que recusou as primeiras ofertas. Após muita insistência, a transferência deu certo. Pesou também a amizade do argentino com Neymar. Durante as conversas, o camisa 11 pediu para que o amigo atuasse no Alvinegro.Os contatos começaram depois de um amistoso da Seleção. Jogar com o astro pesou na sua decisão.
Vestido com uma camisa comemorativa com a inscrição "Montil10" (trocadilho com o nome e o número do jogador) e, posteriormente, com a 10 do Peixe, o principal reforço da temporada foi modesto. Ele rechaçou o status de astro e elegeu Neymar como a estrela do Santos. Além disso, disse que somente o atacante santista e o compatriota Messi, do Barcelona, são os únicos jogadores no mundo capazes de decidirem sozinhos uma partida. Ainda assim, sua vontade é ajudar Neymar e dividir a responsabilidade na busca por títulos.
- Atuar contra onze jogadores é difícil. Só Neymar e Messi podem ganhar um jogo sozinhos, mas a ideia não é essa. Queremos ajudá-lo a ser ainda melhor. Todos jogadores fazem um time, não podemos depender de um só jogador. A responsabilidade tem de ser dividida. Quero ser crucial para ajudar, mas a nossa estrela continua sendo o Neymar - definiu.
Montillo não escapou da famosa comparação entre Pelé e Maradona. Questionado sobre qual dos dois gênios da bola foi o melhor, o agora camisa 10 do Santos ficou em cima do muro.
- Vou fugir, com certeza (risos). Pelé foi o melhor na época dele e Maradona também. Não vou brigar por ninguém. O Pelé marcou mais de mil gols e o Maradona nos deu uma Copa do Mundo. Fico feliz por isso, por ser argentino. São dois gênios da bola - elogiou.
Depois de ser apresentado, Montillo conheceu o Memorial das Conquistas, localizado na Vila Belmiro, deu autógrafos a torcedores, posou para fotos e recebeu um livro comemorativo ao centenário do clube, celebrado no ano passado. O jogador ainda viu de perto as taças dos dois Mundiais de Clubes (conquistados em 1962 e 63) e as três Libertadores conquistadas pelo Peixe em 1962, 63 e 2011.
Para comprar 60% dos direitos econômicos de Montillo, o Santos pagou 6 milhões de euros (R$ 16 milhões) e cedeu o volante Henrique ao Cruzeiro. O jogador é a contratação mais cara da história do clube.
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