Por mais que a palavra equilíbrio tenha ficado marcada para o antecessor Tite, não há treinador que simbolize melhor essa palavra que Mano Menezes. Dentro do possível, claro.
A dois dias de uma saída que já parece definida há tempos, o comandante do Corinthians atendeu o UOL Esporte para uma entrevista exclusiva. Em 40 minutos de conversa, Mano mostrou que não consegue ser 100% equilibrado como gostaria, por suas origens alemãs. Se nos momentos de crise elevou o tom contra alguns jornalistas, hoje ele fala com leveza e atende a todos com atenção e bom humor.
Ainda que chegue perto do equilíbrio que deseja ter, ele é ser humano. Não só por admitir que, intimamente, chora por resultados, mas em apontar que as disputas entre o atual presidente Mário Gobbi e o antecessor Andrés Sanchez tornaram tudo mais difícil para o Corinthians - e para ele - em 2014. Em cada frase de Mano, com perspicácia, é possível imaginar a quem ele quer se referir.
É justamente por esse contexto que Mano Menezes deve anunciar a saída do Corinthians depois do jogo contra o Criciúma, sábado às 16h30 (de Brasília), no Itaquerão. Além de analisar uma série de itens da temporada que marcou seu retorno ao clube, ele admite: todos mudaram em relação ao ciclo 2008-10, quando ele era quase unanimidade. Para Mano, hoje em dia falta mais humildade.
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