A empresa que vencer a licitação do Complexo do Maracanã terá o compromisso de investir cerca de R$ 470 milhões em sua modernização. O Governo do Estado do Rio de Janeiro publicou nesta segunda-feira (22) no Diário Oficial a convocação para a audiência de licitação. O edital prevê a modernização do Maracanãzinho, a construção do Museu do Futebol e a instalação de estacionamentos e restaurantes.
O tempo do contrato de concessão é de 35 anos. Nesse período, a concessionária deverá também oferecer infraestrutura adequada, como iluminação, drenagem e pavimentação. Serão construídos ainda dois centros, que substituirão o Parque Aquático Júlio Delamare e o estádio de atletismo, o Célio de Barros, voltados para formação de atletas. A outorga anual é de R$ 7 milhões a serem pagos ao Governo do Estado.
Segundo o edital, clubes de futebol de todo o Brasil estão proibidos de participar do processo de licitação. A ideia é que todas as equipes possam utilizar o estádio sem qualquer tipo de exclusividade, incluindo a Seleção Brasileira e times de outros estados.
As obras de readequação do Maracanã deverão ser iniciadas após a Copa das Confederações, em 2013. A empresa deverá entregar os estacionamentos e praças já prontos para a Copa do Mundo, em 2014. A previsão é que, no ano seguinte, o complexo seja finalizado.
A área externa do complexo será ampliada de 29 mil m² para 43 mil m². A intenção é agilizar a saída dos torcedores ao fim das partidas. No Maracanã antigo, o tempo de dispersão chegava a 50 minutos. Ao fim da reforma, passará a ser de oito minutos, como determinam os padrões internacionais de segurança. Uma medida, considerada estratégica para o escoamento do público, será a demolição do Museu do Índio.
Governo não vai recuperar nem 30% do investimento
O valor total de investimento para as reformas do Complexo do Maracanã, visando a Copa do Mundo em 2014 e Jogos Olímpicos em 2016, é de R$ 859,9 milhões. No entando, a empresa pagará durante 35 anos o valor de R$7 milhões anualmente, totalizando "apenas" R$245 milhões. Ou seja, 28,9% do investimento público total.
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