Em um jogo muito truncado, o Corinthians arrancou empate por 1 a 1 com o Boca Juniors, em La Bombonera, em Buenos Aires, graças a um gol de Romarinho, no primeiro jogo da final da Libertadores.
A segunda e decisiva partida será na próxima quarta-feira, no Pacaembu, às 21h50. Diferentemente das outras fases do mata-mata, na final gol feito fora de casa não conta como critério de desempate. Ou seja, quem vencer é campeão. Empate provocará prorrogação e depois pênaltis.
Donos da casa na primeira final, os argentinos iniciaram a partida como manda o figurino do bom mandante: marcação sob pressão, muitas bolas altas na área e rapidez. Com 1min, Schiavi subiu sozinho e cabeceou por cima do gol de Cássio, assustando os brasileiros.
Mas um compacto Corinthians, que tinha até Jorge Henrique ajudando Alessandro na marcação na lateral direita, rechaçou as tentativas argentinas. E buscava o contra-ataque. Paulinho devolveu e obrigou Orión a boa defesa.
A Bombonera pulsou, mas o Corinthians não sentiu a pressão de jogar na mítica cancha argentina e saiu para a partida, trocando passes no campo de ataque e deixando o Boca longe do gol de Cássio.
Sem criatividade para furar a retranca armada pelo Corinthians, o Boca seguiu apostando nos incansáveis chuveirinhos. A melhor chance apareceu após boa triangulação entre Riquelme e Ledesma, que cruzou para Santiago Silva emendar uma bicicleta, mas a bola parou em Alessandro.
O Corinthians era mais efetivo em campo. Apesar de não ter tido mais chances além do chute de Paulinho, o time marcava forte, tinha uma boa pegada e deixava Riquelme isolado. Com isso, anulava a melhor arma de criação argentina.
Emerson deu trabalho para Roncaglia na direita. O lateral levou amarelo e no fim da primeira etapa só não foi expulso por conta de outra falta em Emerson porque o árbitro Enrique Osses deixou barato. O camisa 11 alvinegro ainda protagonizou dois bate-bocas com Erviti.
Tite, porém, teve uma baixa. Jorge Henrique, com dores na coxa, foi substituído por Liedson.
Ao fim do primeiro tempo, o Corinthians desceu para os vestiários com um bom placar e uma grande vantagem psicológica, por não ter cedido à (tentativa de) pressão do Boca.
O clube argentino voltou disposto a tirar o Corinthians da sua zona de conforto. Boa troca de passes e a bola chegou até Riquelme, que bateu com estilo, mas por cima do gol logo no início da etapa final. A alternativa encontrada pelos argentinos foi começar a chutar fora da área.
O Corinthians fazia uma grande partida no aspecto tático. Mas pecava na hora de sair para o ataque, desperdiçando bolas bobas. Assim, mesmo com o Boca não estando em uma grande noite, o alvinegro trazia os argentinos para sua defesa.
Riquelme deixou Mouche na cara de Cássio, mas o atacante bateu nas mãos do arqueiro. Era o Boca apertando em busca do gol para lhe dar vantagem na eliminatória. E de tanto cruzar, marcou. Foi chorado, mas saiu o gol do Boca. Santiago Silva cabeceou, Chicão salvou em cima da linha com a mão (levou cartão amarelo), a bola rebateu na trave e Roncaglia chutou para abrir o placar, ao 28min.
Depois disso, Tite sacou Danilo e colocou Romarinho. E que estrela! Do treinador e do atacante. Paulinho roubou a bola no meio de campo e disparou. Tocou para Emerson, que se livrou da marcação e achou Romarinho, que tocou por cima de Orión e empatou aos 39min.
Depois da igualdade, o time tratou de se defender e segurou o placar.
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